Transexual corta testículos com estilete, fica mutilado e pede ajuda para mudar de sexo

Transexual que cortou os próprios testículos pede ajuda para cirurgia de mudança de sexo

Ela chegou a se anestesiar e a se mutilar, em casa, usando um estilete | Reprodução
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Sem conseguir uma cirurgia de mudança de sexo, a transexual Simone Rodrigues da Silva cortou os próprios testículos com um estilete e costurou a região do ferimento sozinha em casa, após aplicar em si mesma uma dose de anestésico.  O caso, que aconteceu há 12 anos e ela pede ajuda para que consiga realizar a cirurgia.

De acordo com Simone — nome social adotado por ela — a atitude foi tomada depois de tentar conseguir uma cirurgia e receber a recomendação de que deveria passar por acompanhamento psicológico por dois anos, como é o procedimento padrão nesses casos.

Ela acredita que não precisa passar pelo acompanhamento psicológico porque tem certeza de sua sexualidade. Por isso, quer tentar conseguir uma autorização judicial para pular esta etapa que antecede a cirurgia de mudança de sexo. A transexual afirma que não tem condições para ir com frequência à Goiânia — cidade mais próxima onde a cirurgia é feita — para as sessões de acompanhamento psicológico.

— Eu não me sinto bem, vivo em depressão. Carrego em meu corpo um órgão que não me pertence.

A Secretaria de Saúde do DF informa que não realiza a cirurgia de mudança de sexo pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e que há um projeto pra acompanhar pacientes que realizem a cirurgia fora do DF. O tratamento é custeado pela secretaria. O procedimento é realizado apenas nas cidades de Goiânia, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo Simone, ela tem consciência de que ela é uma mulher em um corpo masculino desde os 12 anos de idade, quando saiu da casa da família, no Piauí. Atualmente os parentes mais próximos respeitam sua condição.

A transexual pede ajuda e diz que seu maior objetivo é conseguir  realizar a cirurgia e se casar. Ela mora no DF há 22 anos e trabalha há cinco como cuidadora de animais. — Nunca fui feliz na vida e tenho problema com o preconceito.

Clique aqui e curta a página do meionorte.com no facebook

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES