Varizes e vasinhos: saiba qual é a melhor época para tratar

Temperaturas mais baixas e menor exposição solar tornam a recuperação mais confortável e segura

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O inverno, estação em que os vasinhos e varizes incomodam menos é, sem sombra de dúvidas, a melhor época do ano para tratá-los. “Durante os meses de julho a setembro, as temperaturas estão amenas e o uso de calças é mais comum. 

D.V

Desse modo, as pernas ficam mais protegidas e menos expostas aos raios solares, o que é recomendado no período de recuperação dos tratamentos, já que a radiação ultravioleta pode estimular a fixação de manchas escuras”, fala Aline Lamaita, cirurgiã vascular e angiologista de São Paulo.

Outro ponto importante: no frio é mais confortável usar meias-elásticas -- uma verdadeira tortura no calor, já que esquentam muito. “Ao exercerem pressão, as meias de compressão ajudam na circulação do sangue. São, portanto, indispensáveis após o tratamento”, informa Caio Focássio, cirurgião vascular de São Paulo. Além disso, segundo o médico, nas temperaturas mais baixas existe menos vasodilatação periférica -- ou seja, pernas e pés incham menos.

O fato de a pele não estar bronzeada durante e inverno também é favorável ao tratamento de varizes, principalmente quando é realizado através de laser. “O risco de queimaduras em peles bronzeadas é maior devido a absorção da luz do laser pela melanina, pigmento que dá cor ao tecido e está presente em maior quantidade em peles de fototipos altos ou bronzeadas”, afirma Aline Lamaita.

De acordo com os angiologistas, os pacientes costumam subestimar o problema e o tempo de tratamento. “É comum que cheguem ao consultório achando que têm apenas alguns vasinhos para serem secados em pouco tempo. Mas, em muitos casos, existem também microvarizes que são as nutridoras desses vasinhos, e que pedem um número maior de sessões. Mas, ao iniciar o procedimento no inverno, há tempo para estar com as pernas em ordem no verão”, acredita Cláudia Fiorini, cirurgiã vascular de Alphaville (SP).

Sem sintomas, os vasinhos, que os médicos chamam pelo nome complicado de taleangectasia, são bastante comuns: afetam de 50 a 55% das mulheres. “Eles são causados tanto por fatores hereditários quanto hormonais, podendo ser agravados pelo uso de anticoncepcionais estrogênicos e pela gestação”, explica Caio Focássio. Também as varizes, veias dilatadas e tortuosas que perderam sua função circulatória, são genéticas e influenciadas pelos hormônios. “As mulheres são mais propensas ao desenvolvimento das varizes, pois têm as veias mais flácidas do que os homens devido à influência hormonal”, destaca Aline Lamaita.

Cada caso requer um tipo de tratamento, que pode ser por meio da escleroterapia (substância química injetada dentro da veia), espuma, uso de lasers e radiofrequências ou procedimentos que combinem as técnicas, como o ClaCs. “Unir laser não invasivo e injeções de glicose é o que há de mais moderno para tratar varizes e vasinhos, principalmente quando esses problemas aparecem juntos”, diz Aline Lamaita. Cirurgias também podem ser indicadas, dependendo da gravidade. “Os tratamentos menos invasivos que não requerem afastamento da atividade física e do trabalho”, acrescenta Cláudia Fiorini.


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