Vídeo de surfista pegando onda em rio no Brasil viraliza na Web

Paulo Guido pratica surfe no Rio Doce desde 1989

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A imagem do administrador de empresas Paulo Guido, de 46 anos, surfando nas águas do Rio Doce, em Governador Valadares, em Minas Gerais viralizaram nas redes sociais e tem impressionado pessoas do mundo inteiro.

Embora surpreendente para quem vê pela primeira vez, a prática já é comum para o surfista, que domina as "ondas" do rio que corta sua terra natal desde 1989. 

Paulinho Guido, como é conhecido, conta que as imagens que viralizaram na web foram feitas no início de fevereiro. "O mais impactante mesmo é quando o rio fica bem cheio, que aí a onda fica bem grande", disse.

O surfista de água doce explica ainda que existe um grupo de cerca de cinco moradores da cidade que praticam o esporte no local constantemente. A onda em questão é formada pelas pedras submersas no rio.

"A água vem passando e bate na pedra, aí ela sobe e desce, formando a onda. Depende do formato das pedras e, de acordo com o volume de água, o bicho pega", afirma Guido.

De acordo com Paulo Guido, o pior momento da prática é após a queda na água. "É complicadíssimo, sufoco total, pânico, filme de terror, entendeu?", brinca Guido. "Na hora, dependendo do lugar da onda, do tombo que você tomar, a prancha fica afastada. Você tem que tentar se desvencilhar daquele tanto de caldo para alcançá-la. E a correnteza, ao invés de te jogar para a margem, te leva mais para dentro do rio. Tem que ter muita calma", completa o surfista.

O local onde a prática acontece fica dentro do Parque Natural Municipal. Do outro lado do rio. Para chegar ao ponto onde a onda se forma, é preciso descer uma trilha e, também, uma parte formada por pedras.

"Até muita gente que já surfa, chega na beira da pedra, olha aquilo ali, bate a adrenalina e acabam nem entrando. Nunca aconteceu de ninguém afogar", disse.

Segundo ele, não é recomendado a ninguém que não tenha experiência a tentar o surf no rio Doce.

"Não recomendo e não faço nem questão de dar assistência, que é para não trazer nenhuma desgraça e não queimar a imagem do nosso esporte. Agora, quem sabe surfar mesmo é bem vindo, vamos levar, instruir, ensinar", finaliza.

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