Vídeo: Enfermeiro do Samu canta para acalmar paciente com Alzheimer

Flávio Vitorino Costa, de 55 anos, é socorrista há dez anos.

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Se o velho ditado "quem canta os males espanta" está certo, o enfermeiro brasiliense Flávio Vitorino Costa acerta todos os dias no trabalho que desenvolve no Samu. Quem mais se beneficia no caso dele, porém, são os pacientes.

A rotina entre hospitais e ambulâncias é de dedicação integral à saúde alheia. Há 34 anos na enfermagem, ele descobriu a música como principal aliada. Para facilitar a realização de procedimentos, muitas vezes doloridos, Flávio canta para distrair os pacientes.

"Cantar e fazer o paciente sorrir é o melhor remédio. Ele esquece da dor, gera endorfina e cria empatia por você, por mais que saiba que vai sofrer."

No dia 28 de março, Flávio foi chamado para socorrer um homem de 87 anos com suspeita de infarto. Durante o atendimento, o idoso disse que gostava de bolero, mas que não se lembrava de nenhum – ele é portador de Alzheimer. "Então eu cantei pra ele me acompanhar."

Aos poucos, o idoso foi se lembrando da música e o vídeo dos dois cantando juntos foi parar na internet. Antes de integrar o quadro de socorristas do Samu no Distrito Federal, Flávio trabalhou no Hospital Regional de Sobradinho, entre 1992 e 2008. Na unidade, ele fazia a música chegar aos pacientes logo pela manhã.

"Eu cantava para acordar todo mundo, tipo uma alvorada festiva."

"O que as pessoas achavam que era exceção, na verdade é a regra. Faço tudo para humanizar o atendimento, trazer pra junto, diminuir o sofrimento. Canto, brinco, conto uma piada."

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