Alces e veados estão sendo contaminados por uma misteriosa doença fatal e contagiosa nos Estados Unidos e no Canadá. A mazela ganhou o apelido de "doença do veado zumbi". A doença afeta o cérebro e a medula espinhal do animal, causando perda da coordenação motora e comportamento agressivo.
Já foram relatados vários casos de animais infectados desde janeiro de 2019, em 24 estados norte americanos, como Iowa, Arkansas e o Nebraska, e em duas províncias canadenses. Animais infectados por esta doença já foram apontados na Coreia do Sul, Finlândia e Noruega.
A misteriosa doença
A enfermidade tem sido chamada de Doença Debilitante Crônica. Os animais infectados podem levar cerca de um ano para começar a desenvolver seus sintomas. Alguns deles são a perda excessiva de peso, problemas na coordenação motora e diversos outros sintomas neurológicos.
Os meios de contágio da doença são as secreções, como urina, fezes, saliva e sangue dos animais já contaminados. O solo e a água contaminada também podem transmitir a doença. Até o momento, não existe tratamento ou cura para a enfermidade. De acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, não há registro de humanos que tenham sido contaminados.
Entretanto, animais como os macacos, entre outros primatas, podem ser infectados pelo contato com secreções de animais infectados ou se comerem a carne de alces, por exemplo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que estes animais não sejam consumidos pelos humanos devido aos riscos de contaminação.
Esta não é a primeira vez que a doença aparece na parte norte do continente americano. No final da década de 1960, o primeiro caso da doença foi registrado no estado do Colorado (EUA). A primeira vítima foi um veado que era mantido em cativeiro. Em 1981, um veado, que vivia livre na natureza, morreu vítima da doença.
A área onde esses animais morrem se torna um ponto de proliferação da doença e o risco de contágio na região pode levar um bom tempo para se extinguir. Pelo que sabe, as áreas de contágio podem continuar a crescer mesmo após a morte dos animais que carregam a mazela.