O jornalista Gay Talese contou o relato de um americano que comprou um motel para satisfazer suas tendências voyeuristas. Por meio de uma carta para o jornalista, o pequeno empresário revelou que tinha instalado grelhas de ventilação falsas no teto de vários dos 21 quartos para poder espiar os hóspedes enquanto estes mantinham relações sexuais.
O homem ainda contou na carta que queria contar com exclusividade a história de seus 15 anos de voyeurismo mas também o convidava para visitar o sótão do motel, o local onde o proprietário se posicionava para espionar os hóspedes através das grelhas falsas.
Na década de 1980, Talese já era um jornalista famoso, considerado um dos pais do chamado "new journalism", a corrente que elevou esse trabalho ao nível de arte literária, narrando cenas e pequenos detalhes com um ponto de vista.
Na época em que recebeu a carta, Talese estava promovendo o livro "A Mulher do Próximo", em que investigava os hábitos sexuais nos Estados Unidos antes da aparição da Aids.
As anotações do americano vão virar filme. Para ter acesso ao motel voyeurista, Talese assinou um contrato que prometia jamais revelar o nome do proprietário e nem o lugar exato do estabelecimento.
Em 2013, Foos deu autorização completa para a publicação da história. Os crimes prescreveram.