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Ana Maria Braga está comemorando os dez anos do programa e 60 anos de vida

Ana Maria Braga está comemorando os dez anos do programa e 60 anos de vida

Ana Maria Braga está comemorando os dez anos do programa "Mais Você", apresentado ao vivo nas manhãs da TV Globo, com a autoestima nas alturas. Aos 60 anos, ela disse, em conversa com QUEM, que se sente mais feliz e realizada em todos os sentidos, inclusive na vida sexual.

?Sou bonita, gostosa, feliz e boa companhia?, afirmou ela, que passou um dia inteiro na companhia de uma equipe de QUEM. Ana está casada há dois anos com o empresário Marcelo Frisoni, de 40. Morando no Rio de Janeiro desde março por causa de mudanças no programa, ela conta que já se adaptou à cidade. E, mesmo distante do marido, que vive em São Paulo, diz que isso melhorou o relacionamento. ?Dá saudade, não dá tempo de brigar.?

Entre um cigarro e outro, a apresentadora, mãe de Mariana Maffei, 26 anos, e Pedro Maffei, 24, de seu relacionamento com o economista Eduardo Carvalho, disse que nunca levou um fora e que não aceitaria uma traição. Também falou sobre a importância do sexo num relacionamento: ?A vida é feita de 1% de sexo e 99% de papo, de entendimento e companheirismo?.

QUEM: Você está completando dez anos de Mais Você. Qual o balanço que faz do programa?

ANA MARIA BRAGA: Acho que essa locação em que estamos agora (a casa de vidro, inaugurada há poucos meses, que serve de cenário ao programa) é a resposta da Globo pelo sucesso do Mais Você. Se a gente não tivesse evoluído, crescido e rentabilizado ao longo desses anos, não haveria um investimento desse nível.

QUEM: Quais foram os benefícios da mudança do programa para o Rio?

AMB: A estrutura física me proporciona coisas reais para o dia-a-dia. Eu trabalhava em um estúdio em São Paulo, em que 26 programas da Globo dividiam o mesmo espaço. A casa toda era desmontada para outras produções. A qualidade do produto que coloco no ar hoje é melhorada em função do espaço físico, técnico, e da disponibilidade.

QUEM: Mudando de assunto, como faz para manter a forma aos 60 anos?

AMB: Acho que isso se deve a meu ritmo de trabalho, estou sempre fazendo alguma coisa. Ando muito, tenho uma alimentação saudável, não tomo refrigerante, como pouco doce. Eu me preocupo em voltar a meu peso original (55 quilos) quando ganho, às vezes, 2 ou 3 quilos por excesso, viagem ou férias. Tenho uma genética muito boa, um abdome ultrafirme, não tenho estrias e nunca tive problema de estrutura física. Isso ajuda, as células todas colaboram (risos).

QUEM: Já usou remédio para emagrecer?

AMB: Não. Sou contra. Quando fiquei grávida da Mariana, engordei 22 quilos. Adorei ficar grávida e acho que tudo que você faz tem que fazer por inteiro. Comi tudo que queria, porque tinha vontade. Queria mostrar que estava mãe, queria ser matrona. Aí, depois você coloca uma meta. Tive que trabalhar, fazer ginástica, demorei uns seis meses para voltar ao peso normal. Você consegue. Eu só não consigo parar uma coisa na vida.

QUEM: O quê?

AMB: Parar de fumar. Estou atrás dessa meta. Fumo há muito tempo. Mais do que gosto de falar. Mas vou parar.

QUEM: Você está totalmente curada do câncer que teve em 2001?

AMB: Faço exames periódicos. Não é uma coisa que me preocupa, mas estou curada, até que provem o contrário. Quando chega a época dos exames, obviamente, como qualquer outro ser humano comum e mortal, faço com certa apreensão.

QUEM: Teme que a doença volte?

AMB: Quando marco para fazer o exame, fico pensando nisso. Mas é normal. Tem gente que faz exame de sangue e fica preocupada. Eu vou fazer exame para saber se está tudo bem com um câncer que tive há oito anos. Se eu não sentisse nada seria uma coisa esquisita.

QUEM: Você já disse que é namoradeira. Sempre foi assim?

AMB: Não vivo sem namorar. Sempre fui namoradeira. Mas namoro uma pessoa só de cada vez. Tem gente que é namoradeira e namora todo mundo. Agora, por exemplo, namoro o Marcelo, e vou namorá-lo até que ele não queira mais ou que eu não queira. E nunca levei um fora, mas pode acontecer.

QUEM: Nunca?

AMB: Nunca mesmo. Legal, né? Mas é ruim também. Porque, quando eu levar, vai ser um susto.

QUEM: Como está sua relação com o Marcelo, já que estão morando em cidades diferentes?

AMB: Igual. É até melhor. A gente se vê duas vezes por semana, é sagrado. Dá saudade, não dá tempo de brigar. Sinto falta, mas a gente se fala bastante. Sempre trabalhei demais e me sinto culpada por não dar o tempo que as relações necessitam. O trabalho sempre veio em primeiro lugar. Nunca abri mão do meu trabalho para relação nenhuma. Só para os meus filhos.

QUEM: Ele é ciumento?

AMB: Ele é.

QUEM: Ele se sente inseguro por estar longe?

AMB: Isso você pergunta a ele.

QUEM: Seu marido é 20 anos mais jovem que você. Tem preferência por homens mais novos?

AMB: A escolha foi mais dele do que minha. Acho que esse negócio de idade preocupa muito mais quem está fora. Eu nem me lembro disso. A mim nunca atrapalhou e eu não escolhi ninguém, fui escolhida. Aconteceu e, por acaso, se são mais jovens e me acham apetitosa ou satisfatória para a companhia deles e são fiéis, devo ter alguma coisa que os encanta.

QUEM: Por que acha que isso ainda incomoda as pessoas?

AMB: Acho que é inveja. Qual mulher pode, com 60 anos, ter um cara de 40 a seu lado e se sentir bem, inteira? Eu saio com ele para qualquer lugar. Vou para a Europa, os Estados Unidos, onde ninguém me conhece, e todo mundo me respeita. Ninguém olha para mim e fala: ?Ah, é seu filho?? Sou uma mulher que me imponho, me sinto bem. Sou bonita, gostosa, feliz e boa companhia.

QUEM: Como é a vida sexual aos 60 anos? O desejo continua o mesmo?

AMB: Muito boa. Igual à sua. Acho que até melhor que a sua. Porque eu já aprendi mais, claro. Sou uma mulher completa, gosto de sexo, faço o meu companheiro não precisar fazer sexo com mais ninguém. Ele é um homem cheio de hormônios masculinos e está muito satisfeito comigo.

QUEM: Mas não muda alguma coisa com a menopausa?

AMB: Não, essa coisa da menopausa é mito. Homem e mulher são a mesma coisa. Se você se cuida, o prazer e o sentimento são os mesmos. Seu olhar no mundo, o toque e o coração são os mesmos. O sexo é melhor, porque você já aprendeu uma série de coisas que não quer. Você não tem mais medo nem vergonha de nada. O tempo que lhe resta é curto para ficar preocupado com coisas mínimas e bestas que os jovens têm, e que eu já tive.

QUEM: Perdoaria uma traição?

AMB: (pausa) Acho que não.

QUEM: Já foi traída?

AMB: Deve ter acontecido, óbvio, só que não fiquei sabendo. Eu não traio. Eu não aceito a mentira. É uma grande falha e erro que eu tenho, e estou tentando até melhorar. Mesmo em relacionamentos de amizade, com qualquer pessoa. Posso até continuar me relacionando, mas não confio mais.

QUEM: Acredita que alguns relacionamentos podem ser para sempre?

AMB: Acredito que os relacionamentos sejam para sempre. A relação obviamente muda. E um conselho: case com alguém com quem você goste muito de conversar. Porque a vida é feita de 1% de sexo, que é essa grande preocupação, e 99% de papo, de entendimento e companheirismo. O sexo é um pedaço de uma relação.