Duas em cada cinco mulheres no mundo já sentiram dor durante a relação sexual. Essa “dor” é chamada também de dispareunia, o quadro não é normal, tem causas específicas e os tratamentos podem ser simples e rápidos.
A dor pode ser sentida logo no começo do canal vaginal, na entradinha, ou no interior do órgão, com penetrações mais profundas. Entre os sintomas estão sensação de ardor, queimação ou dor aguda. Segundo especialistas essas dores podem ser provisórias, caso persista procure um médico de sua confiança.
As causas podem ser alterações fisiológicas estão entre as causas mais comuns. No entanto, fatores psicológicos também podem gerar ou intensificar o problema.
Alterações que podem atrapalhar o sexo com penetração:
Diminuição da lubrificação
Infecções causadas por fungos e bactérias (candidíase, por exemplo)
Vulvodínia (dores na região externa da vagina – vulva)
Vaginismo (espasmos involuntários dos músculos da vagina)
Infecção urinária
Cistos ovarianos
Endometriose
Traumas decorrentes de partos violentos
Traumas decorrentes de abusos sexuais
Cicatrizes de episiotomias
DST’s
As dores também podem aparecer quando o for parto traumático ou com violência obstétrica, além de afetar o psicológico da mulher, também pode alterar o funcionamento da sua vagina. A cicatriz da episiotomia, por exemplo, pode causar dores durante a penetração, principalmente nos primeiros meses.
A menopausa também está entre as causas das dores. A diminuição do hormônio estrogênio afeta a produção do colágeno, proteína essencial para manter o tecido da vagina elástico e extensível.
Além da dor física, especialistas alertam que o problema pode afetar o psicológico da mulher. “Elas muitas vezes acabam se afastando do parceiro por insegurança, a autoestima baixa e, por isso, elas passam a se sentir incapazes de sentir e dar prazer”, diz.
“O desejo também pode diminuir, pois a mulher cria uma memória de dor associada ao sexo quando está com dispareunia” diz especialista
Apesar dos incómodos e desconfortos o problema tem tratamento.
Não há exames específicos para detectar o problema, o diagnóstico é obtido através de perguntas feitas a paciente.
Antes de iniciar qualquer tratamento é necessário buscar as causas. Se for um problema desencadeado por alguma infecção ou distúrbio, é preciso tratá-los. No entanto, se a dor persistir, tratamentos alternativos como a fisioterapia uroginecológica e a terapia são alternativas.
“É essencial que as mulheres entendam que sentir dor durante o sexo não é normal e que tem tratamento rápido e simples disponível”, finaliza.