As “inimigas”, afinal, podem estar ajudando na sua vida sexual: uma pesquisa da Universidade de Michigan apontou que é mais provável que uma mulher tenha orgasmo durante o sexo se ela estiver transando com um homem que, em sua visão, seja sexualmente desejado por outras mulheres.
Os cientistas entrevistaram 439 mulheres, heterossexuais, em relacionamentos sérios. As perguntas foram: quando elas tinham feito sexo pela última vez, quando tinha sido o último orgasmo, a opinião pessoal delas sobre o quanto elas achavam o parceiro atraente e sobre o que elas achavam que outras mulheres pensavam de seu parceiro. As mulheres que mais têm orgasmos são as que acham o companheiro sexualmente desejável, e que, ao mesmo tempo, acham que outras mulheres têm a mesma opinião sobre ele.
Por que nos importamos com o que as outras mulheres pensam?
Os pesquisadores acreditam que isso se baseia em uma teoria um pouco assustadora. Evolutivamente pensando, as mulheres tendem a fazer sexo com homens que julgam esteticamente atraentes na esperança – mesmo que inconsciente – de que possíveis filhos, frutos daquele relacionamento, herdem os traços dos quais ela gosta. Como resultado, o filho também seria “sexy”, atrairia outras mulheres, e passaria os genes para frente, e assim por diante.
Contudo, o estudo tem alguns furos: os pesquisadores só perguntaram sobre orgasmos na última relação sexual das mulheres – e chegar lá não é uma tarefa tão fácil para todas. Então, isso exclui, provavelmente, muitas mulheres que não tiveram orgasmos, mas que mesmo assim consideram os parceiros atraentes. Além disso, o orgasmo pode não ter sido atingido por fatores externos, como stress, e não por não se sentir atraída pelo marido. E. finalmente, o estudo simplesmente considera que todas as mulheres querem ter filhos algum dia. Será que faz sentido?