Entre os dias 7 e 18 de dezembro, Copenhague, capital da Dinamarca, vai receber uma multidão de turistas, conferencistas, diplomatas, especialistas, professores e integrantes de governos para participar da Conferência de Mudanças Climáticas. Nesse período de hotéis lotados, o setor de prostituição local espera crescimento recorde, entre uma e outra palestra e discussão sobre ecologia e meio ambiente.
A prefeitura da cidade, porém, não quer que as garotas de programa interfiram de maneira tão drástica e visível no clima da reunião. E mandou distribuir folhetos em hotéis, bares e restaurantes pedindo que os visitantes evitem o sexo pago. Também conversou com donos de hotéis para que eles tomem medidas contra a circulação das mercenárias do amor nas portarias.
Para protestar, a Associação Nacional das Prostitutas da Dinamarca comunicou que sugeriu às mulheres que tomem uma atitude radical contra o efeito estufa de sua função. As meretrizes - cujo trabalho não é considerado ilegal no país - vão protestar contra a prefeitura oferecendo sexo gratuito. Susanne Moeller, diretora da associação, avisou:
- Os delegados da conferência poderão entrar no nosso site e escolher uma garota para sair. Não vão precisar pagar pelo programa. Mas aceitaremos gorjetas. Fazer sexo gratuito é um protesto contra a discriminação. Nós também lutamos pela qualidade de vida, pregou Moeller.
A disputa deve ficar mais quente que o clima do planeta daqui a 50 anos. Ou não.