Decidiu que quer experimentar o sexo anal, mas tem medo de cometer algum erro ou até mesmo sentir dor? Confira abaixo quatro descuidos que devem ser evitados nesse momento para ter mais prazer e segurança entre 4 paredes.
Penetrar sem antes ‘seduzir’ o ânus
Manter um ritmo gostoso é essencial para alcançar o orgasmo, só que o sexo anal exige um “passo a passo” importante até que esse clima seja criado. Além da importância do tesão estar intenso no momento, a primeira etapa para conseguir fazer a penetração é entender que o ânus precisa ser estimulado da forma correta, como explica Tatiana Presser, psicóloga, sexpert e educadora sexual, no livro “Vem Transar Comigo’’.
Tentar, logo de cara, fazer sexo anal de quatro
Ainda que a posição de quatro seja sempre vendida como uma ótima ideia pelos pornôs, na prática não é assim que funciona. Como explica Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga, essa posição é indicada para penetrações profundas e não para as primeiras tentativas de sexo anal, já que elas exigem calma e uma delicadeza extra.
Outra posição indicada pela especialista é a de bruços com um travesseiro na região pélvica, ou seja, abaixo do umbigo, para que as nádegas possam ser levemente levantadas.
Usar a mesma camisinha para o sexo anal e vaginal
No meio do caminho, decidiram mudar o tipo de sexo e passar para o vaginal? Hora de trocar a camisinha! Independentemente de qual seja a relação sexual, o uso do preservativo é sempre indicado. Mas no sexo anal, a atenção precisa ser redobrada.
Esse alerta é importante porque a penetração anal também é uma forma de acontecer a transmissão de infecções sexualmente trasmissíveis, as ISTs. E mais: se houver penetração vaginal após a anal sem que a camisinha seja trocada ou o pênis higienizado, há muito mais chances de que a mulher venha a ter infecção urinária. Isso porque a bactéria responsável por esse tipo de infecção, a Escherichia coli, está presente no ânus em grande quantidade.
Além disso, a camisinha é o método que ajuda a proteger o órgão masculino de estar em contato com bactérias presentes no ânus.
Esquecer do lubrificante
“Lubrificante, lubrificante e, quando cansar, mais lubrificante!”. É assim que Tatiane frisa a importância desse aliado na prática do sexo anal. Isso porque, diferentemente da vagina, o reto e o ânus não têm lubrificação natural.
Vale lembrar que, mesmo sem a lubrificação natural, a penetração (quando feita direitinho) não deve doer. “Claro que você pode sentir um desconforto, ou pode achar a sensação estranha e até mesmo desagradável. Quem não tem prática poderá demorar um pouco para que essas sensações diminuam, mas elas vão diminuir, uma vez que você saiba o que está fazendo. Desconforto e estranhamento são aceitáveis e até esperados, mas dor não”.
Já em relação a qual tipo de lubrificante usar, Tatiana indica os que são feitos à base de água, porque eles não alteram o pH do ânus e não danificam a camisinha. Também são indicados para os brinquedos sexuais, porque não estragam os sex toys. Fica a dica, caso você queira testar o sexo anal de outro jeito.