Todo mundo, pelo menos uma vez na vida, acaba assistindo um filme adulto, não é mesmo? Mas o problema é que quando a pornografia vira um hábito, ele pode ser extremamente prejudicial para o desempenho do homem na cama. Pelo menos é isso o que apontou um estudo apresentado na reunião anual da American Urological Association, em Boston, nos Estados Unidos.
De acordo com a pesquisa, embora os resultados ainda não sejam conclusivos, é possível associar a disfunção erétil e a maior insatisfação com as relações íntimas dos homens com o hábito de consumir conteúdo adulto, especialmente na internet.
O interessante é que, com relação às mulheres, não houve associação alguma. Pelo menos foi o que eles concluíram da entrevista de mulheres de 20 a 40 anos.
O “hábito” na vida dos homens
Para chegar a essa conclusão, os cientistas levaram em consideração o histórico de 312 homens, entre 20 e 40 anos de idade. Todos eles foram convidados à pesquisa depois de visitarem uma clínica de urologia de San Diego, nos Estados Unidos, para o tratamento de disfunção erétil.
Conforme os pesquisadores, 3,4% dos entrevistados com o problema admitiram que preferiam se tocar consumindo conteúdo adulto ao invés de manter relações com pessoas reais. Além disso, 1 em cada 4 entrevistados assumiram assistir filmes adultos pelo menos uma vez por semana, enquanto 21% disse consumir esse tipo de conteúdo de 3 a 5 vezes por semana.
E não para por ai. Aproximadamente, 5% dos homens admitiu ver pornografia de 6 a 10 vezes por semana e 4,3% assumiu ver esse tipo de filmes online mais de 11 vezes por semana. Dá para acreditar?
Como isso pode atrapalhar o desempenho do homem na cama?
De acordo com Metthew Chistiman, principal investigador do assunto e urologista da equipe no Centro Médico Naval em San Diego, explica que o fato de consumir conteúdo pornográfico em si não é capaz de arruinar o desempenho do homem na cama. O que acontece, na verdade, é que o sexo ativa a mesma área de recompensa no cérebro ativada por drogas como cocaína e metanfetamina, por exemplo.
Quando o homem é exposto a situações super estimulantes com frequência, como no caso dos filmes adultos e do próprio toque, a tolerância dessa pessoa ao estímulo sexual pode acabar aumentando, fazendo com que a pessoa tenha interesse reduzido quando o assunto é a vida real.
Isso, conforme o especialista, pode ser ainda mais impactante quando o assunto são homens jovens e menos experientes, que acabam criando expectativas irreais sobre a relação e sobre como deveria ser o sexo.
Como existe o risco das coisas não saírem como o planejado, esses homens acabam ficando sob pressão e optando por um tipo de prazer mais instantâneo e menos real.