Símbolos sexuais no início da carreira, elas povoaram a imaginação de homens de todo o País com seus minúsculos biquínis, ensaios provocantes e danças sensuais. A luxúria, porém, deu lugar à devoção. Foi na religião que elas encontraram conforto para problemas que variam de traições ao uso de drogas.
Recatadas, trocaram as capas das revistas masculinas pelas orações e agora dedicam-se a atividades que em nada lembram os tempos de muito rebolado e pouca roupa.
Confira algumas das ex-musas que trocaram a exposição por um estilo de vida mais discreto.
Carla Perez
Foi em 1995, ao som do hit Segura o Tchan, do então Gera Samba, que a baiana inaugurou uma fase de dançarinas em figurinos diminutos.
Neste mesmo ano, Carla posou nua pela primeira vez para a revista Playboy. Ela repetiria a dose ainda em duas outras edições, em 1998 e 2000, além de fazer um pôster em 2001.
Atualmente, a ex-dançarina, que é casada com o cantor Xanddy e tem dois filhos, freqüenta a Comunidade Evangélica Artistas de Cristo e se diz arrependida dos ensaios sensuais e de ter dançado no grupo musical que a lançou.
"Depois que passei a servir Jesus, tive certeza de que não queria mais fazer o trabalho que fiz no Tchan. Não posso cuspir no prato que comi, fiz amigos, ganhei muito dinheiro, mas era uma criança sem maldade. Agora estudo e sei o que quero para mim", afirmou.
Após sua estréia teatral, em maio, Carla passou a renegar também o filme Cinderela Baiana, em que contracenava com o então namorado, o cantor Alexandre Pires.
"Passa uma borracha na minha atuação no filme. Lá eu entrei só como a loira do Tchan", pediu, envergonhada.
Joana Prado
Objeto de desejo de diversos marmanjos nos anos 90, a ex-modelo ficou famosa ao interpretar a personagem Feiticeira no extinto programa H, comandado por Luciano Huck na Band.
Após posar duas vezes para a Playboy, Joana participou do reality show Casa dos Artistas, onde protagonizou cenas quentes com o agora marido, o lutador Vitor Belfort.
"Fiz porque o personagem pedia. Não tinha porque recusar. Pensei muito, me preparei e acho que fiz na hora certa", afirmou.
Na seqüência, Joana tornou-se evangélica e deixou a vida artística para dedicar-se ao marido e dois filhos. Recentemente, fez um apelo em seu blog para que as mulheres se valorizem e "não confundam liberdade com libertinagem".
"Mulheres, nós temos sim que lutar pelos nossos direitos, mas calma! Não vamos usar nossa liberdade para sermos libertinas!", escreveu.
Mara Maravilha
A baiana Eliemary Silva da Silveira - ou Mara Maravilha - fez sucesso na década de 80 no comando de programas infantis e estreou em rede nacional com apenas 15 anos.
Em 1990, foi capa da revista Playboy com fotos consideradas ousadas para a época e durante cerca de cinco anos foi viciada em remédios para emagrecer, que a levaram à depressão.
Após "uma série de Jesuscidências" - termo usado por ela para designar coincidências que a levaram à conversão - Mara tornou-se evangélica e afirmou ter se arrependido profundamente de ter exposto seu corpo, "uma dádiva do Senhor".
"Não foi nada fácil, ainda mais porque o pastor disse que eu teria de ir vestida em pano de saco, que teria de me humilhar embaixo da mão potente de Deus. Mesmo sem vontade e sendo uma artista famosa, fui, porque era isso que Deus queria de mim. Naquela mesma semana, minha vida começou a mudar radicalmente. Eu me libertei da tristeza, alcancei a cura dos meus problemas físicos e continuo mudando até hoje", contou.
Desde então, Mara tem se dedicado à carreira de cantora gospel e negocia sua volta para o SBT, onde deverá apresentar um programa para a família.
Symony
Sucesso com o público infantil na era pré-Xuxa, a cantora Symony foge um pouco à regra da exposição-conversão-discrição.
A paulista ingressou na carreira artística ainda criança, como uma das apresentadoras do programa Balão Mágico e chegou a vender 10 milhões de cópias com cinco álbuns lançados pelo gru