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Aluno perde dedos do pé após ser atingido por muro

O precaução agora evitar que a infecção comprometa todo o pé do garoto.

Um menino de 12 anos, aluno do Colégio Anglo-Americano, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, perdeu os dois dedos do pé esquerdo ao ser atingido por parte de um muro que desabou num corredor da unidade de ensino. Segundo testemunhas, a vítima e outros colegas se dirigiam à sala de aula, depois do recreio, quando aconteceu o acidente, no dia 18 de novembro.

O menino, que está internado há 15 dias, será submetido nesta sexta-feira (4) à sexta cirurgia. As intervenções cirúrgicas realizadas até o momento não conseguiram impedir a necrose de dois dedos, que foram amputados pelos médicos. O precaução agora evitar que a infecção comprometa todo o pé do garoto.

Os pais do menino, que é botafoguense e adora jogar futebol, estão inconsoláveis. De acordo com a mãe, Daniela Carneiro dos Santos, no dia do acidente, ela recebeu um telefonema da diretora Maristela (Maristela de Oliveira Paulo e Braga) dizendo que seu filho ?havia sofrido um pequeno acidente? e que estavam na Clínica Notres, que tem convênio com a instituição.

Antes de chegar ao local, Daniela disse que recebeu outro telefonema da mesma diretora afirmando que os médicos teriam dito que ?a coisa era mais séria? e recomendaram que o menino fosse transferido para outro hospital, com mais recursos.

?Cheguei lá na clínica e encontrei meu filho com o pé enfaixado, chorando muito de dor. Imediatamente eu o levei para o (hospital) Barra D?or, que atende pelo meu plano de saúde. A preocupação, agora, é com a recuperação de nosso filho, mas depois queremos saber se houve algum tipo de irresponsabilidade do colégio?, disse Daniela.

Diretores visitaram aluno acidentado

Daniela contou que o ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que é presidente licenciado do colégio, esteve no hospital, acompanhado do filho, Rodrigo Suassuna, que é advogado e diretor vice-presidente da instituição, para saber como estava o menino.

?Ele trouxe um aparelho de DVD e uns CD?s para o meu filho, mas em nenhum momento perguntou se a gente estava precisando de alguma coisa?, disse a mãe do menino.

Por meio de uma nota, o diretor João Pessoa de Albuquerque confirmou que a mureta caiu no pé do aluno por uma "fatalidade" e que a Defesa Civil esteve no colégio "mas nada constatou que levasse à interdição do local. A mureta não apresentava nenhum risco de cair, mas pediram para retirar toda a mureta e isolar a área, inclusive confirmado pelo próprio CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura)".

Acrescentaram ainda que "tudo que está sendo solicitado pela família entre psicólogos, especialistas na área ortopédica, anestesista e acompanhamento escolar" está sendo atendido.

"O nosso contato com a família é permanente e será permanente. Tudo o que o aluno precisar, o colégio colocará à disposição dele. Foi uma fatalidade. A mureta existia há 10 anos", conclui a nota.