A banheira está coberta de espuma e ocultando os corpos de Miguel e Luciana. Próximo a eles, uma garrafa do melhor vinho nacional, ou seja, francês, e taças; nos olhos dos dois, o brilho dos apaixonados. De repente, Miguel se dá conta e suspira: ?Agora estamos aqui, juntos, casados... Estamos ca-sa-dos!?.
Sim, as coisas aconteceram no momento certo. ?Ainda bem que fugi de você?, lembra-se Luciana, quando ainda namorava Jorge, e tentava não perceber os olhares apaixonados de Miguel. ?Era essa Luciana e esse Miguel que deviam se encontrar, não aqueles de outro tempo?.
Luciana está certa. O amor deles só foi possível porque cresceram, amadureceram, se tornaram pessoas melhores, cada um à sua maneira. Agora, depois de um processo lento mas irreversível, ambos estão prontos para viver toda a extensão desse amor, da melhor forma possível.
Luciana brinca que treinou o tempo todo da viagem para se acostumar a chamá-lo por uma expressão inédita: ?Meu marido?. E na língua local, ?mon mari?. Miguel adora, e retribui: ?Ma femme?.