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Após perder 15kg, Preta revela plano: "É bem possível que eu tenha um bebê"

Ao lançar o DVD Bloco da Preta, a cantora diz que, prestes a chegar aos 40 anos, aprendeu a cuidar da saúde e conta com a ajuda do noivo

Preta Gil diz que, há pouco mais de dez anos, quando começou sua carreira musical, não tinha uma grande frequência de shows e, por isso, também não sabia ao certo quem era seu público. A grande virada veio em 2008, quando resolveu investir no espetáculo Noite Preta, que começou na pequena casa de shows Cinemathèque, no Rio de Janeiro. Hoje, por onde passa, ela atrai multidões. Com o Bloco da Preta, no ano seguinte, a cantora mobilizou milhares de pessoas durante o Carnaval carioca. Para comemorar a primeira década de carreira e o sucesso das apresentações que faz durante a folia, ela lança agora o DVD Bloco da Preta, em que divide o palco com convidados como Lulu Santos, Ivete Sangalo.


Após perder 15kg, Preta revela plano:

Perto de completar 40 anos, em agosto, Preta diz que, com a idade, aprendeu a cuidar mais da saúde e conta com a ajuda do noivo, o personal trainer Rodrigo Godoy, para manter os exercícios. Mãe de Francisco, de 18 anos, de seu casamento com Otávio Müller, ela também afirma que o filho a ajudou em seu processo de amadurecimento: ?Eu fui aprendendo a ser mãe, mulher, com ele?.

Você fez dez anos de carreira. Como avalia esse tempo de estrada?

Preta Gil: São dez anos de muita felicidade. Consegui me manter uma artista fiel às coisas em que acredito. Consegui ganhar respeito e fãs que me acompanham pelo Brasil. No começo, foi difícil entender quem era esse público porque, até eu começar a fazer o show Noite Preta, em 2008, não tinha uma frequência tão grande de shows. Fiz novela, fiz um programa de TV e, até esse show, não me dedicava tão fortemente à estrada.

Por que começou só aos 29 anos?

PG: Eu nasci sabendo que seria cantora e me preparei para isso durante toda minha vida. Mas, quando eu tinha 15 anos, tive uma ruptura muito grande por causa da perda do meu irmão, Pedro. Isso foi no meio da minha adolescência. O adolescente, por si só, já é meio rebelde e perdido. Fiquei sem chão. Por um ato de rebeldia, quis sair de casa, fui morar em São Paulo, comecei a trabalhar em uma agência de publicidade como produtora. As coisas foram dando certo, fui tendo realizações imediatas e fiquei 12 anos me dedicando a isso.

Nesse tempo, você estava casada com o Otavio Müller. Ele, sendo ator, não a empurrava para o palco?

PG: Nessa época, eu trabalhava como atriz, fizemos coisas juntos. Eu era uma boa produtora publicitária, por isso, ninguém enxergava que eu estava infeliz. As pessoas achavam que estar em outra área era algo natural, então, ele nunca me fez essa cobrança. Depois, quando retomei minha carreira, todos os amigos e pessoas próximas entenderam a coragem que tive de romper com tudo.

Você começou envolta em polêmica, aparecendo nua na capa do seu primeiro CD, Prêt-à-Porter, em 2003. Esperava a repercussão?

PG: Não! Sou filha do Tropicalismo, moro no Rio, onde as pessoas vão à praia de fio dental e as mulheres saem seminuas no Carnaval. Quando eu ia imaginar que um seio de fora ia causar tanto rebuliço? Foi um choque de moralismo que eu tive. Mas foi uma descoberta, de que não vivo no país das maravilhas e as pessoas pensam diferente de mim.

Arrependeu-se?

PG: Não tem como me arrepender. Se eu não tivesse feito isso, não teria me enxergado tão bem e talvez as coisas estivessem mais veladas. Sofrimento é bom pra gente crescer e amadurecer.

Vou fazer 40 anos, daqui a pouco já não dá mais para mim. Tenho mais uns dois anos para ter um bebê"

Como lida com as brincadeiras sobre seu peso, principalmente de programas de televisão?

PG: Para começar, não são brincadeiras. Brincadeira eu lido de maneira ótima, a sociedade é livre, cada um tem sua opinião. Agora, não aceito desrespeito. É triste. Quando movi o processo contra o Pânico, não pensava só em mim, mas em todas as mulheres, mães de família e pessoas que se sentiram agredidas ao me ver passar por aquele constrangimento. A juventude atual vive um problema de falta de exemplos bons. Tenho filho adolescente, e me preocupo em dar esse exemplo.

Francisco já tem 18 anos. Como é a relação de vocês?

PG: Acabamos crescendo juntos e educando um ao outro. Eu fui aprendendo a ser mãe, mulher, com ele junto. Sou rigorosa. Acredito que adolescente precisa ter meta, ter foco. A liberdade não está em deixar o filho fazer o que ele quer, mas em dar espaço para ele ter opiniões, se envolver intelectualmente, mas dando rédeas.

Pensa em ser mãe outra vez?

PG: Vou fazer 40 anos, daqui a pouco já não dá mais para mim. Tenho mais uns dois anos para ter um bebê. Engraçado, desde que tive o Francisco, sempre pensei que ia ser mãe nova e velha, que teria filho com 20 e com 40. É bem possível que eu tenha outro bebê.

Você está vários quilos mais magra. Não engordou de novo depois do quadro Medida Certa?

PG: Emagreci ao todo 15 quilos. O mais legal é o que eu ganhei: autonomia, meu joelho ficou bom, posso subir escada sem sentir dor, fazer um show de duas horas, coisas bobas que eu não fazia por causa da dor que sentia. Estava com uma pré-diabetes. A maturidade me trouxe uma necessidade de me cuidar mais. Com a idade, a gente vai sentindo os efeitos dos nossos descuidos.

O Rodrigo ajuda nisso?

PG: Muito! Ele é o meu treinador. Ele me ajuda a ter uma sequência de exercícios físicos constantes. Se eu parar, meu joelho volta a doer. A gente treina três vezes na semana e ele me acompanha na turnê porque tenho que me aquecer antes, com caneleira, fazer exercícios específicos.