Uma apresentadora de televisão de Chipre deverá ser julgada nesta segunda-feira por ter mandado matar o chefe depois de ser demitida.
De acordo com a promotoria, Elena Skordelli pagou uma pessoa para que o diretor do grupo de mídia Dias, Andis Hadjicostis, fosse assassinado em janeiro. A Dias é a maior companhia do setor no país e inclui emissoras de rádio e televisão, um jornal diário e várias revistas.
O irmão de Skordelli, Tassos Krasopoulos, e um outro homem também foram acusados do crime. Todos negam envolvimento no caso.
A apresentadora e seu irmão são proprietários de 20% da empresa e a promotoria alega que eles tentaram comprar uma fração majoritária poucos dias depois da morte de Hadjicostis.
Figura popular
Segundo a correspondente da BBC em Nicósia, Tabitha Morgan, Hadjicostis foi morto a tiros a queima roupa diante de sua casa em um subúrbio elegante da cidade.
Ele era uma figura popular. Crimes violentos são raros em Chipre e a morte chocou a opinião pública, disse Morgan.
Inicialmente acreditava-se que o motivo do assassinato seria a oposição do grupo Dias aos planos das Nações Unidas de reunificar Chipre, depois que foram encontradas, na cena do crime, balas provenientes do norte da ilha, ocupado pelos turcos. Chipre está dividida desde 1974, quando a Turquia invadiu o norte em resposta a um golpe militar na ilha que teve o apoio do governo da Grécia.
Mas a polícia rejeitou esta teoria depois de dizer que identificou os autores do crime usando imagens feitas por circuito fechado de televisão.