Avelar Amorim |
Divulgação
Foram 980 obras inscritas provenientes de 530 artistas de 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Pela procura dá para se ter uma ideia da importância da 15ª Bienal Naïfs do Brasil, que será aberta ao público no mês de agosto, no Sesc São Paulo. A boa notícia é que tem piauiense nela: Avelar Amorim.
Foi a primeira vez que o recebimento das inscrições se deu por meio de uma plataforma totalmente on-line e os interessados tiveram sua arte passando pelo crivo da equipe de curadoria, formada por Ana Avelar e Renata Felinto.
Foram selecionadas 212 obras de 125 artistas residentes em cidades de 21 estados brasileiros e o Distrito Federal. Os trabalhos escolhidos para esta edição da Bienal apresentam técnicas como pintura, colagem, desenho, aquarela, gravura, escultura, entalhe, bordado, costura, crochê, marchetaria e modelagem.
O mais interessante é que não existe limite de idade. Todos podem participar. São artistas de 19 a 87 anos de todos os estados brasileiros, exceto o Amapá. São três estados a mais representados em relação à edição de 2018.
Avelar conta que se inscreveu, mas não tinha tanta convicção que fosse escolhido, em razão da grande concorrência e por envolver obra de artistas de todo o país. Para sua grata surpresa, ao sair a lista dos expositores da mostra, lá estava ele. “Fiquei muito feliz com a notícia. Me senti começando o ano com o pé de direito. Vai ser uma oportunidade singular interagir com profissionais de outros estados”, diz.
Para ele é mais que ganhar projeção lá fora, fruto de sua dedicação à arte, mas principalmente é a oportunidade de mostrar o Piauí e reforçar seu espaço dentro deste segmento. “Somos artistas que merecemos ser valorizados também. Muitas vezes não aparecemos”.
A Bienal Naïfs do Brasil foi criada com o intuito de privilegiar a participação de artistas cujas obras revelam a produção de arte de caráter popular e espontâneo, Naïf ou naïve, concebidas, em sua maioria, de forma autodidata.
A edição de 2020 acontece de agosto a dezembro. “Pretendo ir para abertura no mês de agosto. Eu participo com uma obra no estilo Naif. Não é uma arte que me rotula. Faço de tudo, expressionismo, Naif, dentre outros. Sou um artista irrequieto”. (Por Liliane Pedrosa)
Originada das mostras anuais realizadas pelo Sesc Piracicaba de 1986 a 1991, a Bienal teve sua primeira edição em 1992, na mesma cidade. Desde então, consolidou-se como uma referência para aqueles que possuem algum vínculo com sua proposta, voltada para as expressões artísticas de caráter popular, autodidata e espontâneo. Seus principais objetivos são incentivar a produção artística popular e oferecer espaço para sua apreciação, além de estimular o pensamento crítico a seu respeito.