Fundada em 8 de abril de 1719, ainda durante o ciclo do ouro no Brasil, Cuiabá completa 301 anos nesta quarta-feira (8). A capital do Mato Grosso, um dos acessos a atrativos como o famoso Pantanal com sua exuberante riqueza silvestre, oferece um variado cardápio de opções ao visitante, que ajudam a conhecer um pouco mais da natureza, da cultura e da trajetória da região.
O grande número de parques da cidade ajuda a explicar o apelido “Cidade Verde”. O das Águas, um dos cartões postais do município, ostenta uma fonte com jatos iluminados, que acompanham ritmos musicais, além de abrigar um extenso túnel de água. Já o Mãe Bonifácia e o Tia Nair proporcionam passeios ecológicos em meio à fauna à flora típicas locais.
Orla do Porto possui bares, restaurantes e calçadão para caminhadas. Crédito: Flávio André/MTur
A Orla do Porto é outra atração. Ornada por um simulacro de casarões coloniais de diversas cores, o local, às margens do rio Cuiabá, possui bares, restaurantes e calçadão para caminhadas. O espaço se estende até o Museu do Rio, antigo Mercado do Peixe, cujo acervo reúne fotografias, peças de artesanato, artes sacras e maquetes que retratam a trajetória da cidade.
Já o Centro Histórico, palco de edificações tombadas, abriga o Museu de Mato Grosso, o Museu de Pré-História e igrejas centenárias. A de Nossa Senhora do Bom Despacho, por exemplo, exibe estilo neogótico, enquanto a de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, em estilo barroco, simboliza o local onde a descoberta de ouro impulsionou a colonização da área.
Centro geodésico da América do Sul, ponto em que os oceanos Pacífico e Atlântico estão equidistantes a 1.600 quilômetros, Cuiabá abriga um marco que representa tal localização. A estrutura se situa na Praça Moreira Cabral, sede da atual Câmara de Vereadores e que, no passado, foi conhecida como Campo D’Ourique, local de enforcamento de condenados da Justiça.
A Casa do Artesão, por sua vez, comercializa diferentes artigos, entre cerâmicas, licores caseiros, tecelagem e artefatos indígenas. Em se tratando de gastronomia, o visitante da capital tem a chance de experimentar ícones como o Maria Izabel (mistura de arroz com carne seca), a farofa de banana, o furrundu (doce à base de mamão e rapadura) e variados peixes, a exemplo do Pacu.
Tendo a natureza como um dos seus principais atrativos, Cuiabá contempla três emblemáticos ecossistemas: a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. O turista pode aproveitar para conhecer a Chapada dos Guimarães, parque nacional a 69 quilômetros da cidade, com seus paredões de arenito vermelho-alaranjados e a imponente Cachoeira Véu de Noiva. Outra opção é Nobres, distante 150 quilômetros, repleta de rios de águas cristalinas.
Parque das Águas: fonte com jatos iluminados e um extenso túnel de água. Crédito: Flávio André/MTur
SUPORTE
Juntamente com Nobres, Poconé, Chapada dos Guimarães e Cáceres, Cuiabá integra um conjunto de destinos do Mato Grosso contemplados pelo Investe Turismo. O programa, desenvolvido em parceria do Ministério do Turismo com a Embratur e o Sebrae, busca estruturar e promover roteiros estratégicos de todo o país, a partir de ações como o aprimoramento de atrativos.
O estilo barroco da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Crédito: Flávio André/MTur
HISTÓRIA
A corrida de antigos bandeirantes do Sudeste à procura de ouro levou à criação do povoado que originou Cuiabá. O primeiro deles teria sido Manuel Bicudo, por volta de 1673, que firmou base no encontro dos rios Coxipó e Cuiabá.
Em 1818, por determinação de Dom João VI, a área foi transformada em cidade, tornando-se a capital da Província do Mato Grosso no ano de 1835. (Por André Martins/MTur)