Na delicadeza do traço o caminho para criar. E de uma maneira bem simples e direta, ganha forma e revela desenhos que se misturam e levam a uma teia de de linhas arredondadas, formatos inusitados em desenhos diversos.
Assim é o trabalho da jovem piauiense Diva Brito, que desde que descobriu seu talento para as mandalas foi criando trabalhos com a sua marca.
Depois de iniciar nessa trajetória artística, ela encontrou outras veredas de expressão. As mandalas foram as primeiras e ela, de certa maneira, foi o que deu impulso à produção e as encomendas que passaram a surgir. A partir daí, Diva resolveu inovar. Agora, além das mandalas, também produz outros trabalhos. “Estou com uma lojinha on-line e participo de feirinhas”, comenta a piauiense, que atualmente mora em Natal e diz que lá o mercado tem sido bem atraente para ela. “Lá as feiras mensais têm um público incrível”, diz.
Sempre que pode vem ao Piauí, onde ainda mora sua família, e aproveita também para descobrir novas formas de produzir. A pesquisa está sempre presente em seu dia a dia.
Ela conta que tem misturado frases, letras e colocado em objetos, além de produzir em telas. O legal é exatamente essa necessidade de se expressar aproveitando cada momento e transformando os mais diversos produtos em arte, partir daquilo que você tem ao seu redor. Vale aí a criatividade da artista.
“Comecei com as coisas que eu gostava. Depois fui postando e vendo o retorno ao meu trabalho, como as pessoas reagiam, comentavam, e fui vendo que canecas, bolsas, coisas úteis têm mais saída”, diz Diva, que tem desenvolvido os desenhos tanto em objetos em que realce o contraste preto e branco que dá um ar mais clássico às peças, como também desenvolve seu talento em utensílios coloridos, o que faz do produto algo mais moderno.
Com as canecas, ela dominou a técnica e a queima, dando assim o seu toque pessoal em cada desenho. “É tudo feito de forma manual. Com uma caneta própria para porcelana, eu faço os desenhos e depois queimo no forno. Eu uso muito as mandalas, mas já estou inserindo em outros objetos”.
Morando em Natal, ela conta que aproveitou para fazer alguns cursos nessa área de artesanato e viu que era o momento de iniciar algo mais profissional, aproveitando para isso o aprendizado nos cursos e também conversando com pessoas que vivem deste ofício. “Peguei muitas dicas de feirantes que vivem só disso e estou muito empolgada. Quero muito encontrar meu traço, minha identidade no desenho. Eu ainda estou vivendo uma descoberta diária. Testando materiais, estudando técnicas, e como é tudo muito novo, eu quero realmente fazer algo bem feito, que tenha significado”.
Por Liliane Pedrosa