Natural de Pedro II, o artista plástico Antonio Luís Bezerra da Cruz abriu sua primeira exposição individual na Galeria Atelier Flory Menezes, em Búzios, no Rio de Janeiro. A mostra denominada “A Natureza também tem alma” fica aberta ao público até o dia 26 de maio.
A exposição nasceu de conversas em redes sociais. A galerista e escultora Flory Menezes conheceu os trabalhos de Bezerra da Cruz e o convidou para se apresentar em sua galeria. Das 14 telas escolhidas para exposição e venda, sete foram criadas especialmente para a ocasião. Nelas, os visitantes podem identificar temas que são inspiração recorrente a Bezerra da Cruz, como a religiosidade e a ecologia.
Bezerra da Cruz pinta desde os anos 1980 e ao longo da carreira já participou de várias coletivas no Brasil e no exterior. Ele já havia recebido convites para fazer individuais, mas sua dedicação à gastronomia – é chef e sócio de dois restaurantes no Rio de Janeiro – e também a opção por uma boa oportunidade para apresentar exclusivamente suas obras, acabaram postergando o evento.
A origem nordestina é marcante nos temas abordados na pintura do artista. Santos como São Francisco e árvores típicas de sua terra, como o cajueiro, são frequentes em seus traços e cores fortes, em maior ou menor destaque.
Autodidata, ele conta que, apesar de atualmente não se preocupar muito com técnicas nem rótulos de forma a manter seu estilo livre, carrega uma importante influência acadêmica do hiperrealismo. “Pouco depois de sair do Piauí e me estabelecer no Rio, em 1981, conheci Maria Elisa, uma professora de Belas Artes, que me convidou a assistir suas aulas na UFRJ. Mesmo como ouvinte, eu aprendi muito com seus ensinamentos. Acho que hoje navego por um estilo próprio com a influência do acadêmico, diz Bezerra, que tem 56 anos.
O artista já expôs no Museu Naif, do Rio, além de representar a instituição em mostras em Frankfurt, Veneza e Eslovênia. Seus trabalhos já foram comprados por portugueses, alemães, americanos e, lógico, brasileiros espalhados pelos quatro cantos do país.
Coletivas
Em 2014 mandou quatro telas para Roma, que logo foram vendidas. Recebeu encomenda de mais oito e, como convidado, viajou para mostrar seus os trabalhos na faculdade de artes da capital italiana e conversar com os alunos. No ano seguinte, participou da exposição “Visions” na Saphira&Ventura Gallery, em Nova York, com os óleos sobre tela “O sincronismo da fé e da ecologia no ambiente de queimadas” e “A fé no abrolhar da natureza”.
Ano passado foi movimentado para Bezerra da Cruz, a começar pela volta a Europa, com a participação no “4º Salão de Arte Contemporânea de Paris”, que se estendeu para Lisboa, em Portugal. No Brasil, ganhou medalha de ouro por seu óleo sobre tela intitulado “Crença e fé dos jovens ambientalistas” no “32º Salão de Artes Plásticas de Arceburgo”, em Minas Gerais. Já em São Paulo, participou da exposição “Arceburgo em foco” (Galeria Bric A Brac), “Multiplicidade” (Restaurante Piola), “Expressões da arte” (Assembleia Legislativa do Estado de SP) e “Encontro das artes” e “Fé que se transforma em arte” .
No segundo semestre deste ano, ele volta a Minas para participar de mais uma edição do Salão de Arceburgo.