As Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça do Pará confirmaram, nesta segunda-feira (7), a liminar que concedeu liberdade provisória ao fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como "Taradão", condenado a 30 anos de prisão pelo envolvimento na morte da missionária Dorothy Stang. Segundo o TJ, Galvão deve permanecer fora da prisão até o julgamento do recurso da condenação.
A missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta a tiros em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu (PA). Segundo a Promotoria, a missionária foi assassinada porque defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas que eram reivindicadas por fazendeiros e madeireiros da região. Galvão foi o último réu a enfrentar o júri. No julgamento, que ocorreu entre 30 de abril e 1º de maio, ele negou envolvimento no crime.
A desembargadora Maria de Nazaré Gouveia, relatora do processo, argumentou que, em decisão anterior, o Supremo Tribunal Federal (STF), já determinou a liberdade do fazendeiro, e ele não causou "embaraço ao andamento da instrução penal".
Galvão foi acusado de ser um dos mandantes do crime. Outros quatro acusados de envolvimento, Rayfran das Neves Sales, Clodoaldo Carlos Batista, Amair Feijoli da Cunha e Vitalmiro Bastos de Moura, foram julgados e condenados a penas que variam de 17 a 30 anos de reclusão.