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Atriz paulistana Geórgia Gomide, pioneira da TV, morre aos 73 anos

Nascida em 1937 no bairro dos Jardins, ela começou a se destacar pela beleza ainda na adolescência.



A atriz paulistana Geórgia Gomide, que atuou em mais de sessenta novelas, começando em 1963 na TV Tupi, e protagonizou o primeiro beijo gay da história da TV brasileira, no teleteatro Calúnia, no mesmo ano, morreu neste sábado (29), aos 73 anos, de infecção generalizada, no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. O velório será no próprio hospital, e ela deve ser enterrada no cemitério da Consolação.

Nascida em 1937 no elegante bairro dos Jardins, de uma tradicional família de artistas, intelectuais e diplomatas, Elfriede Helene Gomide Witecy começou a se destacar pela beleza ainda na adolescência, nos bailes do Clube Pinheiros, onde foi eleita "a mais bela esportista". A beleza chamou atenção do produtor da TV Tupi Fernando Severino. Atuou em dezenas de teleteatros, formato tradicional dos primórdios da TV brasileira, como Tereza, onde, no papel de vilã, chegou a apanhar na rua. Em Calúnia, ela escandalizou a sociedade ao protagonizar uma professora lésbica.

A primeira novela foi Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec, em 1963. Os personagens mais marcantes foram Ana Terra em O Tempo e o Vento, na TV Excelsior, Clara em As Pupilas do Senhor Reitor, na Record e Clotilde em Éramos Seis, na Tupi. Mais recentemente atuou na Globo, em Quatro por Quatro, Anos Rebeldes, Kubanacan e Malhação, onde viveu a Mamma Francesca. No SBT, participou do remake de Direito de Nascer. No cinema, atuou em filmes dos Trapalhões e de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, como Exorcismo Negro, de 1974.