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Banho com água sanitária pode rejuvenescer, aponta estudiosos

Apesar da novidade, não é recomendado o uso do produto diretamente sobre a pele.

Até então vista como vilã da saúde da pele, por causar irritações nas mãos após o contato direto, a água sanitária foi apontada por um estudo conduzido por uma equipe da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, como alternativa ao tratamento de problemas cutâneo, como dermatite e úlcera. Pela pesquisa publicada na revista científica Journal of Clinical Investigation, até mesmo o envelhecimento pode ser freado com banhos em que o produto de limpeza esteja diluído.

Para isso, o relatório indica o uso de até 0,005% da substância durante o banho, apesar de testes em humanos ainda não terem sido feitos. Pesquisadores colocaram na rotina de ratos velhos, durante duas semanas, o banho com água sanitária. Observou-se, com a ajuda do microscópio, um aumento na quantidade de novas células cutâneas, apesar de o rejuvenescimento não ter sido visto a olho nu.

Ainda preliminares, os resultados geram controvérsia. ?Afirmar que a água sanitária pode curar doenças dermatológicas me parece muito perigoso, pois as pessoas podem de forma inadvertida utilizá-la inadequadamente, podendo produzir irritações e até formas de sensibilização na pele de alguns indivíduos?, avalia Jayme de Oliveira Filho, dermatologista e coordenador do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Nos experimentos com ratos também foi notada a redução dos danos inflamatórios causados às células da pele, quando expostas à radioterapia, um tratamento comum em pacientes com câncer, que destrói o tumor, mas que pode deixar hematomas e queimaduras.

Apesar da novidade, não é recomendado o uso do produto diretamente sobre a pele. ?É sabido da utilidade do cloro (substância usada na formulação da água sanitária) para diversas práticas, inclusive na melhora da água. Todavia o bom senso sugere que devemos aguardar os resultados futuros destes experimentos para quaisquer conclusões embasadas em critério científico adequado?, recomenda o especialista.