Gilberto - Doutor em Economia
“Sou autêntico, sincero, honesto, não tenho medo de me expor, nem de me posicionar. Sou um perfil único. Quando alguém falar de BBB21, vai falar de mim”. Participante do grupo Pipoca do BBB21, Gilberto, de 29 anos, que é doutorando em Economia, aprendeu muito cedo que não poderia desperdiçar nenhuma oportunidade: “A vida me fez estar sempre atento”.
De Jaboatão, Pernambuco, Gilberto é de origem humilde, e sempre foi incentivado pela mãe a estudar para conseguir mudar seu destino. Aplicado, conseguiu entrar na universidade e não esmoreceu diante de uma realidade difícil. “Era puxado: três ônibus para ir e três para voltar. Mas valeu a pena”, afirma, ao lembrar que, nessa época, dormia apenas três horas por noite.
Atualmente, Gilberto faz doutorado em Economia na UFPE, onde pesquisa a relação entre a ação do Estado e o nível de violência cometido dentro do mercado de drogas. “Meu pai teve relação com as drogas. Sofri isso na pele e quero, de alguma forma, contribuir”, explica. O pernambucano ainda aguarda o resultado de provas para iniciar seu PhD nos Estados Unidos: “Dá para pegar o R$ 1,5 milhão e ir embora”.
Durante boa parte de seus 29 anos, só dividia o foco nos estudos com a dedicação à igreja. Aos 10 anos, se tornou mórmon, por influência da mãe. Ao se descobrir homossexual, trocou a faculdade para investir na carreira de missionário. Durante dois anos, visitou áreas nobres e a periferia de São Paulo. Ao retornar da missão, resolveu suas questões pessoais, voltou a estudar e aprendeu que, além de oportunidades, não poderia perder tempo com a opinião alheia.
“Durante o período em que estava muito firme na igreja, tentava agradar as pessoas. Hoje, sei que eu sou bom e descobri que sou a minha melhor versão sendo sincero”, afirma.
Sem tempo para se dedicar a uma pessoa aqui fora, espera encontrar alguém para se relacionar no confinamento, mas reconhece que uma paixão no reality pode atrapalhar seus planos de chegar à Final.
“Sou canceriano, me apaixono (...) Nunca namorei homem, mas estou querendo muito. Só que ninguém me quer. Está difícil. Como estudo muito, os homens não têm paciência, porque não passo dar atenção o dia inteiro”, argumenta.
Competitivo, Gilberto assume que não sabe lidar com a derrota e que não quer ver “plantas” na temporada: “Fico arretado com o povo que passa na seletiva, com tanta gente querendo entrar, e chega no Jogo da Discórdia e dá uma de doido. Todo mundo tem que entrar no jogo e se expor”.
Seus alvos no jogo não serão seus desafetos, mas, sim, os participantes que evitam conflitos para não se queimar com o público: “Se eu brigar feio com alguém, não vou indicar aquela pessoa. Porque vai ter um ali bonzinho que, metade do jogo passou, a gente que se ferrou e, quando você vai ver, a pessoa derrubou todo mundo”.
Para ficar o tempo que for preciso no reality, Gilberto pretende formar um grupo e combinar votos:
“No programa, vale tudo. Você escolhe a ação, mas não escolhe a consequência. Tem gente que ganha um programa em um dia. É um negócio que você fez que você ganha ou perde”. E ele está disposto a arriscar alto. “Vou fazer valer a pena essa oportunidade, não vai ser perdida”, promete.