A escola de samba campeã do Carnaval de 2018 no Rio de Janeiro é a Beija-Flor de Nilópolis. A escola apresentou o enredo "Monstro é aquele que não sabe amar. Os filhos abandonados da pátria que os pariu”, baseado no livro de terror Frankenstein, de autoria de Mary Shelley, que completou 200 anos. O segundo lugar ficou com a Paraíso do Tuiuti.
Na obra, um cientista dá vida a uma criatura construída com partes de pessoas mortas, tornando-se uma figura feia. No desfile, a figura foi usada para críticas a problemas sociais como corrupção e desigualdades.
A Beija-Flor fez um paralelo entre o romance "Frankenstein” e as mazelas sociais brasileiras. Corrupção, desigualdade, violência e intolerâncias de gênero, racial, religiosa e até esportiva formaram o cenário de "Brasil monstruoso".
As escolas de samba são avaliadas em nove quesitos: alegorias e adereços, bateria, fantasia, samba-enredo, comissão de frente, evolução, harmonia, mestre-sala e porta-bandeira e enredo.
A Beija-Flor tem agora 14 títulos no Grupo Especial do Rio - só fica atrás da Portela e da Mangueira no total de vitórias.
Rebaixadas
As escolas de samba Império Serrano e Grande Rio foram rebaixadas para a Série A do carnaval do Rio depois de ficarem em 13º e 12º respectivamente, na apuração das notas do Grupo Especial. As duas escolas já começaram a apuração com menos pontos, penalizadas por estourarem o tempo do desfile. O Império perdeu 0,2 pontos e a Grande Rio 0,5 pontos.
A Grande Rio, que defendeu enredo sobre Chacrinha, foi prejudicada porque o último carro quebrou na concentração, a 500 metros da entrada da Marques de Sapucaí.
Já o Império Serrano apresentou enredo sobre a China. A escola tinha acabado de voltar para o Grupo Especial após 7 anos.