A atriz Betty Faria, que foi assaltada na noite desta quarta-feira, 6, ao enfrentar um congestionamento no Túnel Acústico, no Rio, falou na manhã desta quinta, 7. "Meu telefone não para de tocar. Não consegui pegar no sono, eu ficava revendo a cena na minha cabeça. Levaram a bolsa que eu ganhei do meu filho com todos meus documentos, RG, título de eleitor. Ai, nem me lembra disso, não sei como vou fazer", emocionou-se a atriz. O assalto aconteceu por volta das 19h e foi relatado inicialmente no Twitter por Betty, que registrou o caso no 14º DP (Leblon).
Betty relembrou como tudo aconteceu: "Eu estava no trânsito parada dentro do túnel do Rafael, filho da Cissa (Guimarães, local onde o jovem sofreu um acidente em julho de 2010). Já estava no trânsito há uma hora e meia. Quando eu estava dentro do túnel, fui mais para a direita porque ali passa um corredor de motocicletas que passam buzinando. Então eu estava ali e de repente eu vi uma luz negra, porque era uma energia horrorosa. Eu estava tão bem. Ontem, como eu não tinha feito meu mantra budista, estava fazendo no carro quando parei ali, o trânsito estava andando devagarzinho, mas estava. Aí eu voltei a ver aquela nuvem negra, que encostou do lado do banco do carona. De repente, escutei um estrondo, mas foi tão rápido. Achei que eles estavam batendo no meu carro, que fosse um acidente. Mas aí na hora que eu ouvi esse barulho eu virei meu rosto para a esquerda e tampei o rosto com a mão para me proteger. Quando eu virei de volta o rosto, o vidro já estava quebrado e minha bolsa já não estava mais no carro. Quebrou o vidro inteiro da frente e nenhum caco me atingiu".
De acordo com a atriz, ela não reagiu. "Não fiz escândalo, não sou mulher de ficar gritando. Segurei a onda até chegar 14º DP, do Leblon. Quando o delegado me viu, ele falou "não sei como você não está arranhada, você estava sentada em cima de caco de vidro!". Ele disse que foi quebrado com soco inglês", conta Betty.
"Mas eu acho que esse túnel tem muito trânsito parado todo dia, especialmente ontem estava muito ruim. E aquilo precisa ter um policiamento, senão como é que faz? Como a gente faz para acionar o policiamento? Eu não ia sair gritando do carro para me arriscar a ser atropelada pelas motos que vinham ali. Eles encostaram ali para roubar a bolsa, viram que é mulher sozinha. Se começar a pensar, eu fico maluca".