Ministério da Saúde confirmou neste sábado (13) mais quatro casos da nova gripe A H1N1 no País - três deles em São Paulo e um no Distrito Federal. Dois pacientes foram infectados no exterior. E outros dois, ambos de São Paulo, contraíram a doença por contato direto com paciente que teve a gripe diagnosticada e que havia sido infectada fora do país.
Com os novos casos, o total de confirmados no Brasil chega a 58. A maior parte foi registrada em São Paulo: 23 casos. Os outros ocorreram em Santa Catarina (10), Rio de Janeiro (10), Minas Gerais (5), Tocantins (4), Mato Grosso (2), Distrito Federal (2), Rio Grande do Sul (1) e Bahia (1).
Dos pacientes, 14 foram infectados no Brasil (transmissão autóctone), mas todos tiveram contato direto com pessoas que contraíram a gripe no exterior. ?Desse modo, a transmissão no Brasil é limitada e não há evidência de sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa do vírus da Influenza A (H1N1)?, diz em nota o Ministério da Saúde. A ministra interina, Márcia Bassit, disse que não há razão para pânico depois que a Organização Mundial de Saúde elevou o grau de alerta da doença para o nível 6, que configura pandemia.
No mundo, foi confirmada a ocorrência da nova gripe em 81 países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há transmissão considerada sustentada do vírus Influenza A H1N1 (de pessoa a pessoa com facilidade) no México, nos EUA, no Canadá e na Austrália.
Vacina
Um dia após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a pandemia na nova gripe, a empresa suíça Novartis anunciou na sexta-feira (12) que a vacina contra o vírus influenza A H1N1 estará disponível em cerca de três meses. A farmacêutica afirmou que as doses devem estar prontas para o mercado em setembro ou outubro, antes do período do ano em que a incidência de gripe aumenta no Hemisfério Norte.
Os testes clínicos da vacina vão começar no mês que vem. A Novartis conseguiu produzir a cepa do vírus da nova gripe antes do tempo inicialmente previsto. A empresa informou que os testes com o H1N1 mostraram que a cultura em células é mais rápida do que a feita em ovos. A fábrica em Marburgo, na Alemanha, tem, de acordo com a Novartis, potencial para produzir milhões de doses por semana.
Segundo estimativas, da OMS, a indústria farmacêutica tem capacidade para produzir 4,9 bilhões de doses por ano. Isso significa que parte da população mundial de 6,5 bilhões de pessoas ficará desprotegida. A situação pode ser mais grave caso sejam necessárias mais de uma dose da vacina para a imunização.
Outras empresas farmacêuticas também obtiveram amostras do novo vírus há algumas semanas para a produção da vacina. A Glaxo afirmou que seria capaz de disponibilizar de 150 milhões a 180 milhões de doses e doar 50 milhões à OMS, para países em desenvolvimento. As ações da Novartis e do setor estão em alta nesta sexta-feira (12) nos mercados europeus.