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Cabelo curto vira moda e “coragem feminina” surge no final de semana

Wilson Eliodorio diz que clientes preferem looks práticos, por isso visual curto de Taís Araújo é muito pedido, e cabelão Gisele é deixado de lado

Depois mais de 100 anos de luta, a mulher brasileira conquistou o direito de votar em 1933. Trinta anos depois, as feministas queimaram sutiãs em praça pública. Mais muitos e muitos dias se passaram, e elas chegaram aos cargos de comando nas principais esferas do poder. E, para acompanhar todo este ritmo acelerado, as roupas mudaram, a maquiagem se tranformou, os modos evoluíram e os cabelos não poderiam ficar para trás.


Cabelo curto vira hit e ?coragem feminina? surge no final de semana

Se nas primeiras décadas do século 20, os cachos eram milimetricamente feitos, os penteados eram finos e delicados, nos anos 50, os cabelos alisados e volumosos ganharam espaço. Nos anos 70, o look hippie ganhou a cabeça das mulheres e, em 2013, o desafio é unir os exigentes padrões de beleza à correria da vida que equilibra carreira, filhos, família e etc e etc.

E, como aliados imortais das clientes, os hair stylists juntam-se todos os dias à causa feminina. ?A preocupação do cabeleireiro agora não é só com o cabelo, mas com a mulher. Quanto mais ela protelar a ida ao salão, melhor. O foco delas está em outro lugar?, afirma Wilson Eliodorio, embaixador da TRESemmé.

Um dos exemplos mais recentes da praticidade dos cortes é sucesso do estilo "joãozinho" que foi adotado pela atriz Taís Araújo no início do ano. Desde então, muitas mulheres se inspiraram e, quando se sentam na cadeira de Wilson, pedem para copiar o look. ?Aumentou muito o número das mulheres que pedem corte curto. Hoje, as mulheres estão mais livres do cabelão porque a vaidade está em outras coisas, como no intelecto, por exemplo?, afirma.


Cabelo curto vira hit e ?coragem feminina? surge no final de semana

Lidando todos os dias com os dilemas femininos, Wilson comenta ainda que o grisalho também tem aparecido nos salões e que o drama da tintura a cada 30 dias que serve para esconder o cabelo branco está começando a ter menos impotância para algumas de suas clientes. ?Muitas mulheres pararam de pintar o cabelo e adotaram o grisalho como um estilo?, diz.

Enquanto alguns ganham força, outros estilos perdem espaço. Este é o caso do "cabelão Gisele que já não é o mais pedido do salão". Sucesso garantido ao longo de muitos anos, os fios muito repicados e longos da übermodel têm sido substituídos por um comprimento mais sofisticado que termina acima do seio e tem pontas mais retas.