O rompimento de uma caixa d?água interrompeu as aulas e causou pânico nesta sexta-feira (17) na Escola Estadual Clóvis Borges Miguel, no município de Serra, no Espírito Santo.
?Achamos que o prédio ia cair mesmo, todo mundo gritando, os professores. E um monte de água. Lavou todas as salas. A água da chuva toda contaminada caiu na gente?, afirmou o estudante Tallyson Simões Moreira, 17 anos, que enviou as imagens do momento do incidente.
No vídeo, alunos correm após o rompimento de parte do teto, enquanto a água inunda mais de um andar da escola. No térreo, funcionários tentam retirar a água. ?Está tendo uma obra que está prejudicando a gente", diz Tallyson, que estuda no colégio há dois anos. Segundo ele, este não é o primeiro incidente desde que foi iniciada a reforma da escola, onde estudam cerca de 1,3 mil alunos.
"Teve o dia que caiu a telha em cima do pedreiro, ele se feriu. No outro, o pedaço de pau entrou na sala e quebrou o vidro. Toda vez que chove, alaga a escola, estraga material. Não queimou o ar-condicionado, mas o risco é de dar um curto?, diz ele. "Está correndo muito perigo de o teto cair em cima da gente", afirma.
Ainda conforme o estudante, a reclamação dele e dos colegas de ensino fundamental e médio não é contra a escola, que tem boas condições, mas, sim, contra a obra durante o período de aulas. ?Tem o prédio antigo e o novo. O que nos disseram é que iam primeiro arrumar o novo, para irmos para lá, e aí sim começariam a reforma do antigo. Aqui tem risco de cair, porque o telhado é pesado. Durante a aula, tem muito barulho, atrapalha?, diz Tallyson.
A Secretaria de Educação do estado informou que as aulas devem ser retomadas na segunda-feira (20). O Instituto de Obras Públicas do estado do Espírito Santo, responsável pelas obras, informou que a reforma e ampliação da escola foram iniciadas em abril do ano passado, mas que ambas devem ser finalizadas em um prazo aproximado de dez dias. Por isso, a escola foi liberada para o retorno dos alunos.
O instituto informou ainda que técnicos foram até o local e que a empresa responsável pelas obras será multada. A administração estuda a rescisão do contrato, afirmando que a empresa é reincidente, já que, em fevereiro deste ano, descumpriu um procedimento obrigatório de segurança. Ainda conforme o instituto, uma interrupção das aulas está descartada, porque prejudicaria o calendário letivo.