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Casal do vôlei, Jaqueline e Murilo anunciam gravidez de 18 semanas

Após trauma em 2011, jogadores anunciam chegada do primeiro filho

Já se passaram quase 18 semanas, mas é impossível notar. Sentada ao lado de Murilo, Jaqueline abre um sorriso imenso e pousa as mãos sobre a barriga, que em nada denuncia a novidade. Diante de tantas perguntas sobre seu futuro, a ponteira esperou até o momento certo para contar. Com uma experiência dolorosa de tempos atrás, teve a paciência de não se precipitar. Agora, a bicampeã olímpica conta as boas novas de quem carrega o herdeiro do casal 20 das quadras brasileiras.

- Vai ser um meninão. Deu pra ver no exame, o sexo é bem grande (risos). Vai ser um ponteiro passador, vai puxar a mãe e o pai ? brinca a jogadora, adiantando os passos do filho, que nascerá no fim de dezembro.

Em 2011, Jaqueline e Murilo enfrentaram um de seus maiores traumas. No início do ano, a jogadora havia se afastado das quadras para ter seu primeiro filho, mas viu sua gravidez ser interrompida. Acostumada a dar a volta por cima, retomou a carreira e coroou o esforço com o bicampeonato dos Jogos de Londres. Com o fim da Superliga, o casal de jogadores resolveu tentar mais uma vez. E, agora, respiram aliviados.

Quando foi à clínica para fazer o exame, Jaqueline e Murilo viram a mesma médica da primeira gravidez entrar pela porta. A apreensão, claro, ganhou voz, mas dessa vez o choro foi de alívio. Quando o coração do menino começou a bater, os pais tiveram a certeza de que tudo estava em paz.

- Eu fiquei muito nervosa porque, na primeira vez, nós não escutávamos o coraçãozinho. Então, ficávamos meio apreensivos. Quando soubemos da notícia de que não iríamos ser pais, foi um baque tremendo. A primeira coisa que a médica fez foi dizer para eu ficar tranquila porque estava batendo. E foi a mesma médica que tinha me dado notícia. Fomos ao céu e voltamos. É como quando perguntam: ?Como é ganhar as Olimpíadas??. Eu não tenho palavras para dizer, falar qual a sensação que temos. Lógico, é muito melhor, mas não tenho palavras. Não tenho como descrever.

Jaqueline e Murilo estavam a caminho de um jantar na casa de amigos quando a ponteira cismou de fazer o exame. Daqueles de farmácia mesmo, para ter uma resposta urgente. O resultado indicou positivo, e o jantar ficou para depois. No dia seguinte, quando deveria dar uma resposta ao Osasco sobre sua permanência na equipe, a ponteira confirmou a gravidez com um novo exame, desta vez em uma clínica de São Paulo.

- Eu não prejudiquei ninguém. Minha felicidade foi essa. Era um sonho que a gente tinha, a gente queria muito. Já tinha acontecido um caso que eu perdi o bebê. Agora, estou com quatro meses, esperei o tempo certinho para me preservar. Queria preservar o Murilo também. Depois de tudo o que aconteceu, fiquei um pouco receosa. Agora, posso falar o que aconteceu. Porque todo mundo me perguntava onde eu iria jogar. Então já sabem qual o motivo.

A natureza quis que a previsão de nascimento fosse para o dia 31 de dezembro, quando a mamãe também completará 30 anos. A vontade de passar a virada do ano com a família talvez faça o casal acelerar os passos. Mas, no geral, o planejamento tem sido perfeito.

- A gente se programou. Nós falamos do "timing", colocamos na cabeça que seria um ano bom. Não digo que não tem nenhum campeonato importante, mas o Mundial é no ano que vem. Nesse ano, o mais importante é o Grand Prix, que tem todos os anos. Falamos: ?Vamos tentar. Quando acabar a Superliga, a gente tenta. Se acabar o contrato e não conseguirmos, você renova e adiamos mais uma vez os nossos planos?. Mas, graças a Deus, estávamos enrolando o pessoal de Osasco, e no dia anterior, fizemos o teste. A princípio, não contamos. Só dissemos que estava complicado e ele entendeu. Desconfiou também, mas depois de uma semana ou dez dias, falamos o motivo. O Luizomar ficou muito contente. Chateado por perder a Jaque, claro, mas deixamos as portas abertas. Mas até brincou que, se desse tudo certo, jogaria as finais por eles. Mas vamos conversar sobre isso - disse Murilo.

O início não foi dos mais fáceis. Jaqueline sofria com os enjoos, mas eles já ficaram no passado. Até agora, seu único desejo foi o de comer pinhão, logo solucionado por Murilo, embora a época não seja a da fruta. A ponteira comprou apenas um macacão para o menino, mas já ganhou algumas outras peças. O nome, porém, ainda é um mistério.

- Murilo não se decide. Eu já dei vários, ele não gosta de nenhum (risos). Eu não sei o que fazer ? disse, para ouvir em seguida a resposta do marido.

- Mas se eu escolher e ela não gostar, vai mudar ? disse o jogador, rindo.