O governo chinês aumentará o controle da "informação nociva" na internet que provém de "forças hostis" estrangeiras, indicou nesta segunda-feira (3) a imprensa oficial. O diretor do escritório de informação do conselho de Estado (Executivo chinês), Wang Chen, advertiu a intensificação do acompanhamento das páginas estrangeiras "que querem infiltrar-se [na China] por meio da internet".
- Aumentaremos o bloqueio de informação nociva de fora da China para prevenir a disseminação e resistir à penetração de forças hostis estrangeiras.
O responsável chinês não detalhou como será a atuação, e se limitou apenas a revelar que as penas pelos crimes virtuais serão maiores. O país sempre defendeu que sua política de gestão cibernética quer prevenir os conteúdos "inapropriados", destacando a pornografia, a violência, as apostas e a fraude.
Wang disse que 5.510 suspeitos foram detidos em 2009. O gigante asiático é o país com maior número de internautas do mundo, com 404 milhões de pessoas. Apesar disso, é a nação onde os conteúdos na rede são mais censurados. Milhares de páginas estão bloqueadas na China, entre estas Twitter, Facebook e YouTube, assim como as de conhecidas ONGs dedicadas aos direitos humanos como Anistia Internacional e Repórteres Sem Fronteiras.
Além disso, inúmeros locais com implicações políticas sensíveis para a China como o Tibete e Taiwan também não podem ser acessados a partir de computadores desse país.
O governo chinês fez parte no começo do ano de uma polêmica com a multinacional americana Google. A censura aplicada no serviço de buscas levou ao fechamento da versão em mandarim do maior buscador do mundo.