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Atriz Christine Fernandes mudou com perda do pai: "Voltei do buraco"

A atriz, que foi jogadora de vôlei e modelo antes de estrear na televisão em 1995, quer se desconstruir.

Você é apenas o baterista, não um rockstar. Foi com uma camiseta com esses dizeres em inglês e Havaianas nos pés que Christine Fernandes recebeu a coluna em casa, no Itanhangá. A atriz, que foi jogadora de vôlei e modelo antes de estrear na televisão em 1995, quer se desconstruir.

Depois de perder o pai, o advogado Antônio Alves, morto por uma leucemia há um ano, Christine diz ter mudado profundamente e busca no teatro seu próximo alter ego. Ela quer o underground, o estranho, o novo. E distância da imagem de perfeição que os papéis de certinhas na TV lhe deram. Longe das novelas desde ?Viver a vida? (2009), em que viveu uma médica, Christine faz uma participação em ?Louco por elas? como a psicanalista Margot. No cinema, topou brincar com o estereótipo de mulher ideal em ?De pernas pro ar 2?.

? Lutamos contra a doença por dois anos e meio. Passei por momentos delicados. Fui ao buraco e voltei. Precisava viver o luto ? diz ela, casada com o ator Floriano Peixoto e mãe de Pedro, de 9 anos. ? Não me sentia apta para ir ao Projac todo dia. Tive convites, mas não pude. Cheguei a ter uma doença de pele psicossomática. Redimensionei a vida. Parei de me levar a sério, de acreditar na princesa da Disney. A vaidade se vai.

Ela conta que tem várias peças empilhadas na cabeceira.

? Quero me apaixonar por um papel. No teatro, você escolhe, na TV, não. Sou sempre a fina. Mas não acordo de batom! Quero uma prostituta, uma louca. Tenho urgência de testar essa pessoa nova que sou depois que ele se foi.