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Plástica pode acabar com a enxaqueca

Tecido de gordura é colocado ao redor do nervo pressionado, responsável pela dor

 A claridade incomoda, o barulho irrita, realizar qualquer movimento é um sacrifício. Quem sofre dela, sabe bem. A cabeça parece que vai explodir quando a enxaqueca aparece, e a dor custa a sumir mesmo com tratamentos à base de medicamentos. "A enxaqueca realmente compromete a qualidade de vida dos pacientes", afirma Sandra Mathias, neurologista do Hospital Bandeirantes, em São Paulo.

Diante disso, um estudo publicado na edição de agosto da revista norte-americana Plastic and Reconstructive Surgery parece ter a solução para quem não apresenta a melhora do quadro : cirurgia plástica. O estudo, feito pelo departamento de cirurgias plásticas de Hospitais Universitários dos EUA, observou 75 pacientes com níveis de enxaqueca leve, moderado e grave, identificando, primeiramente, qual a região em que o paciente possui maior frequência de dor (frontal, temporal ou na região posterior da cabeça). Quando foram identificados os pontos, o médico injetava botox no local e, caso houvesse uma alteração no quadro da enxaqueca, o paciente era submetido à cirurgia.


Diante dessa coleta de dados, os pacientes foram separados em dois grupos: aqueles que receberiam o tratamento cirúrgico real e aqueles que se submeteriam ao que chamam de sham surgery um procedimento muito parecido com o efeito placebo, onde o paciente acredita que foi submetido à cirurgia, mas na verdade não foi.

Para aqueles que se submeteram à cirurgia, quem possuía, por exemplo, dores na parte posterior da cabeça, passou por um procedimento em que foi colocado um tecido de gordura ao redor do nervo pressionado, localizado nessa determinada região, para evitar a sua compressão, que origina a dor. Dos 49 pacientes que passaram por uma cirurgia, cerca de 84% tiveram reduções nas dores, enquanto 57% ficaram totalmente livre de qualquer sintoma.