A conferência sobre a ajuda e a reconstrução do Haiti começou hoje, em Montreal, com a presença do primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, e de representantes dos principais países da América, da Europa e de organismos internacionais.
A reunião, promovida pela ONU, tem como objetivo colocar ordem na distribuição da ajuda humanitária e estabelecer um plano para a reconstrução do país caribenho.
Na conferência, também serão definidos a data e o lugar de um encontro de doadores. Prevista para os próximos meses, essa segunda reunião contará com a participação de líderes do Grupo de Amigos do Haiti e de representantes do Japão, da União Europeia (UE) e de países americanos.
No encontro desta segunda-feira, um dos temas mais urgentes é a coordenação da entrega da ajuda que chega ao Haiti.
São vários os países que criticaram o controle que os Estados Unidos exercem sobre a chegada de assistência ao aeroporto da capital haitiana, Porto Príncipe. A distribuição também recebeu críticas por sua lentidão.
A longo prazo, a conferência de Montreal vai traçar as linhas básicas do que o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o francês Dominique Strauss-Kahn, denominou de Plano Marshall para o Haiti, que permitirá a reconstrução do país.
Nesse sentido, as ONGs pediram que os planos de reconstrução e desenvolvimento abranjam todo o país.
As organizações também querem que os participantes da reunião perdoem a dívida haitiana, estimada em US$ 1,2 bilhão.
Ontem, no entanto, o presidente da conferência, o ministro de Assuntos Exteriores do Canadá, Lawrence Cannon, já havia dito que é cedo para falar do cancelamento da dívida.