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Começa operação para recuperar destroços de voo

O robô submarino foi levado para a zona de busca, na costa brasileira

A operação para trazer à superfície os destroços do Airbus da Air France, cujo voo AF 447 caiu no Atlântico com 228 pessoas a bordo em 1º de junho de 2009, teve início nesta terça-feira, informou o Escritório de Investigações e Análises (BEA), organismo responsável por investigar as causas do acidente. "Esta manhã aconteceu a primeira busca operacional do Remora 6000, o robô submarino da empresa americana Phoenix International", afirma um comunicado do BEA.

O robô submarino foi levado para a zona de busca, na costa brasileira, pelo navio francês Ile de Sein, que na sexta-feira fez uma breve escala em Dacar com 68 pessoas a bordo, incluindo a tripulação. A nova e delicada fase acontece depois que o BEA anunciou, no início do mês, ter localizado a zona do acidente a 3,9 mil m de profundidade, ao norte da última posição conhecida do Airbus A330, que havia decolado do Rio de Janeiro com destino a Paris.

Ao fim da quarta fase de busca em uma zona não explorada de 10 mil km², o BEA informou que o trabalho para trazer à superfície os destroços da aeronave começariam no início de maio. A prioridade dos investigadores é localizar as caixas-pretas, que registram os parâmetros de voo e as conversas na cabine dos pilotos.

O BEA considera que uma falha nas sondas (sensores de velocidade) Pitot do fabricante francês Thales foi um dos fatores do acidente, mas considera que só terá a explicação definitiva da tragédia com as caixas-pretas. Entre as 228 vítimas da tragédia estavam 72 franceses e 59 brasileiros. Esta fase, na qual trabalharão duas equipes, é totalmente financiada pela França, segundo o BEA.

Uma equipe segue analisando 15 mil fotos feitas por robôs submarinos e outra estuda os "procedimentos operacionais" vinculados à recuperação das caixas-pretas e pedaços da aeronave. A causa oficial da tragédia ainda permanece indeterminada.

Até o momento, o BEA considera que a falha das sondas de velocidade é um dos elementos que explicam o acidente, mas que essa pode não ser a única causa da catástrofe. As sondas tinham problemas de congelamento em altas altitudes.