Quando começa a abertura de "Chocolate com pimenta", muita gente se pergunta: por onde anda Deborah Blando? O que poucos sabem é que a cantora, queridinha das paradas de sucesso nos anos 90, ainda tenta dar a volta por cima depois de viver um inferno pessoal. "Foram dois anos me entupindo de remédios e viciada em cocaína e maconha. Até que eu quase morri com uma overdose de ritalina. O meu coração quase parou. Fui ao fundo do poço", revela a loura, de 43 anos, que completa: "Aconteceu comigo o que aconteceu com a Whitney Houston. Nós não tivemos estrutura emocional para lidar com o sucesso".
Depois de sete discos lançados, 14 temas em trilhas de novela da Globo, 5 milhões de cópias vendidas, Deborah Blando sucumbiu com o sucesso: "Tive problemas de pânico e depressão. Quando procurei ajuda, os psiquiatras começaram a me encher de remédios que me deixaram robótica. Foi então que eu acabei descobrindo nas drogas uma falsa sensação de estar vida, de estar acordada".
No fundo do poço, ela pensou em parar de cantar, mas decidiu lutar para sobreviver. Trocou os remédios pela meditação e psicanálise, e buscou refúgio perto da família, em Florianópolis: "Durante anos, a Deborah ficou de lado e foi nesse momento em que percebi que precisava investir mais em mim". Para se livrar de vez das drogas, ela procurou ajuda também numa comunidade budista na Inglaterra, onde passa seis meses por ano. "Depois de tanta luta, a minha vida está começando agora", acredita.
Deborah já anuncia para os fãs seu retorno aos palcos, em breve, numa turnê, pelo Sul: "Vou gravar um DVD ao vivo com novos e antigos sucessos, só que num estilo diferente, que mistura eletrônico, com banda e DJ".