Os advogados de Dado Dolabella tentarão provar na Justiça que Luana Piovani estava sob efeito de maconha quando foi agredida pelo ator, em 2008, na boate 00, na Gávea. A coluna de Leo Dias teve acesso ao processo onde consta o nome de uma testemunha que é amigo comum de Dado e Luana e que dará seu depoimento novamente atestando o fato. A mesma testemunha já havia sido apresentada pela defesa de Dado em audiências passadas.
À época, o magistrado perguntou como ela soube que se tratava de um cigarro de maconha e a testemunha respondeu que a atriz ?pegava o cigarro, apertando com o polegar e o indicador, bem diferente da maneira como se pega um cigarro comum?. O objetivo da defesa de Dado é desqualificar o depoimento da atriz, já que ela estava a princípio sob efeito de entorpecente.
A estratégia dos advogados é reflexo de decisões que ocorreram nos últimos dias, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu anular a condenação de Dado e, menos de uma semana depois, o Ministério Público do estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou que recorreria da decisão, argumentando que tentaria enquadrar a agressão na Lei Maria da Penha.
Dado havia sido condenado a dois anos e nove meses de prisão, em regime aberto, no 1º Juizado de Violência Doméstica Familiar, mas a última decisão do TJ-RJ argumentou que Luana, a vítima, ?nunca foi mulher oprimida ou subjugada aos caprichos do homem?. O nome da testemunha foi mantido em sigilo pela coluna por orientação do departamento jurídico deste jornal. O processo corre em segredo de justiça.