O coração e a mente de Marcos são colocados à prova com a chegada de Dora. Não estivesse bem de saúde e seria levado a nocaute, na sala de estar de casa. Estão ali bebericando um aperitivo, quando Helena anuncia convidados para o jantar: a moça que a salvou do afogamento em Búzios e sua filha. Marcos se recorda. É a tal que Helena chamou pra trabalhar como assistente pessoal. Ele, obviamente, não se opõe ? por que se oporia? ?, muito menos se incomoda em compartilhar a mesa de jantar. Isso, claro, até dar de cara com Dora.
A primeira a aparecer é Rafaela. Marcos vai cumprimentá-la, pergunta seu nome, e já está se encantando com a menina quando bate os olhos em Dora. Um susto medonho paralisa Marcos. O mesmo acontece com Dora. Assim, imobilizados, os velhos amantes se encaram fixamente, sem que Helena perceba. Ela faz as apresentações e só então Marcos se dá conta do perigo que corre. A presença daquela mulher em sua casa é uma ameaça terrível a seu casamento.
Um rápido diálogo acontece até que Helena sai com Rafaela para mostrar a casa. Quando fica a sós, Marcos avança pra cima de Dora e segura forte seu braço: ?O que está fazendo aqui?? Dora reage, diz que é visita e está tão surpresa quanto ele: ?Pra mim, você tinha desaparecido pra sempre?. A tensão cresce. Conversam baixo, como se gritassem aos sussurros. Marcos exige que ela arranje uma desculpa e vá embora, mas Dora se recusa; ?Não esqueci você. (Nossa aventura) marcou muito?.
Marcos percebe que não há outro jeito senão oferecer dinheiro para que ela suma. Dora fica indignada: ?Não sou garota de programa?. Estão prestes a explodir, quando as vozes de Helena e Rafaela interrompem a briga surda. Mas o mal-estar está longe de terminar. Há um jantar pela frente e mais os dias em que Dora passará hospedada naquela casa, isso porque ela vai se recusar a sair dali.
Como veem, o inferno de Marcos está apenas começando.