Entretenimento

Espanha desmonta rede de prostituição de homens

Brasileiros eram aliciados e recebiam cocaína e viagra

A polícia da Espanha desarticulou a primeira rede de tráfico de homens, a maioria provenientes do Brasil. Segundo comunidado da polícia, os brasileiros recebiam cocaína, popper (uma droga para estimulação sexual) e viagra "para se prostituírem 24 horas por dia". Ao todo, 14 pesoas foram presas em diferentes províncias da Espanha, segundo comunicado da polícia divulgado nesta terça-feira (31).

As investigações começaram em fevereiro. As prisões foram feitas em Palma de Mallorca, Madri, Barcelona, Alicante e León. Segundo a polícia, os homens "eram aliciados no Brasil e a organização dava uma "bolsa de viagem" e passagem aérea que era comprado com cartões de crédito clonados. Na maioria das ocasiões, os jovens chegavam a aeroportos de outros países, e só depois eram levados à Espanha.

As vítimas viajavam enganadas quanto às condições de trabalho e, sobretudo, quanto aos valores que teriam devolver à organização por conta de despesas de viagem. No início, os jovens eram informados de que só deveriam custear a passagem, quando na realidade eram exigidas quantias que em algumas ocasiões superavam os quatro mil euros. Ao chegarem na Espanha, os brasileiros eram recebidos pelo líder da rede, que distribuía os homens em diferentes casa e ofereciam cocaína, popper e viagra.

De acordo com o comunicado da polícia, a rede atraía clientes por meio de anúncios em jornais e páginas da internet, onde as fotos dos homens eram exibidas. Os jovens deviam entregar ao dono do apartamento ou ao encarregado 50% dos lucros, além de 200 euros pelo alojamento e manutenção. Se os homens se negassem ou causavam algum tipo de problema, os responsáveis pela rede faziam ameaças, inclusive de morte. Além de delitos contra os direitos dos cidadãos estrangeiros, relativos à prostituição, contra os direitos dos trabalhadores e formação de quadrilha, os principais responsáveis estão acusados de fornecer drogas e outras substâncias ilegais, tanto a clientes quanto às vítimas.