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Estreante como lutador do MMA, Bruno do KLB não teme as críticas

Depois de mostrar parte de seu trabalho diário, ele disse que, inicialmente, ficou receoso em sofrer preconceito no MMA profissional.

O rosto de menino foi um dos motivos que fizeram com que Bruno Scornavacca e seus irmãos, Kiko e Leandro, conquistassem legiões de fãs apaixonadas no Brasil quando lançaram a banda KLB, em 2000. Doze anos depois, eles continuam em atividade, mas Bruno trocou, pelo menos por alguns meses, a faceta do músico romântico pela de um lutador de MMA. Sua estreia como profissional será no dia 16 de dezembro, quando encara Diego Ramones, no Fair Fight MMA.

Depois de mostrar parte de seu trabalho diário, ele disse que, inicialmente, ficou receoso em sofrer preconceito no MMA profissional. Mais tranquilo e sem pressão, mostrou confiança em seu potencial.

- Acho que toda profissão que você exercer vai encontrar gente que te critica de todos os jeitos. Eu tinha medo de me expor e a galera falar "o que ele está fazendo aqui?", principalmente as pessoas do meio. Mas não está sendo assim. Estou sendo bem recebido. Claro que sempre tem os que não sabem o que falam, não me conhecem. Mas não estou aqui para provar nada para ninguém. Só tenho que provar para mim mesmo o meu potencial. Sei do que sou capaz. As pessoas precisam fazer o que têm vontade - disse Bruno.

As artes marciais fazem parte da vida da "família KLB" há muitos anos. O pai do trio, Franco Scornavacca, foi apontado como grande incentivador dessa paixão, colocando os filhos para assistirem a eventos do UFC desde pequeno. Bruno, por exemplo, começou a prática de judô, capoeira e taekwondo ainda criança. Sobre a decisão de fazer uma luta profissional de MMA, o cantor revelou que contou com o apoio imediato dos irmãos e companheiros de banda, mas encontrou certa resistência no pai.

- Desde o UFC 1 que meu pai nos incentiva. Ia com a gente na locadora e alugávamos três, quatro edições do UFC e passávamos a madrugada inteira assistindo. Sempre fiz artes marciais, com cinco anos já estava no judô, depois capoeira e taekwondo. Já fiz várias modalidades diferentes. Depois procurei o Jorge Macaco e comecei a treinar com ele, já faz quase dez anos agora. Eu sempre quis fazer uma luta profissional. Meus irmãos me apoiaram de cara, principalmente o Leandro, que treina boxe. Meu pai acabou sendo contra, dizia que não gostava de ver o filho lá em cima. Mas agora que ele viu que não tem mais jeito está me incentivando - contou o novo atleta, que tem 28 anos.

Mesmo diante da empolgação a menos de um mês da estreia no octógono, Bruno não pensa em seguir a carreira como lutador. Para alegria das fãs do KLB, ele deixou claro que a música é a sua grande paixão e ele segue como integrante do grupo, que já tem mais de 10 cds lançados.

- Não estou saindo do KLB para virar lutador. A música é o que eu amo fazer. Isso aqui (lutar) está sendo um aprendizado também. Mudei completamente a minha vida, alimentação. Está sendo muito importante para mim e para o esporte também. Ainda tem gente que julga por não conhecer. Acho que vou ter a oportunidade de mostrar o que é o MMA de verdade. Não é mais aquela coisa do vale-tudo que criticavam antigamente. Temos regras, pessoas do bem que estão ali porque precisam ou porque gostam, que é o meu caso - explicou Bruno, que prometeu escolher uma música "pancada" para o incentivar na entrada da luta. Romantismo? Só em seus shows.