"Sair do armário" virou gíria para "assumir a homossexualidade" e poderia servir para resumir o caso da cantora Daniela Mercury, que tornou público seu relacionamento com uma mulher, a jornalista Malu Verçosa, em março. No entanto, em entrevista, a cantora alerta: "Eu nunca nem entrei no armário".
"Não é uma doença ser gay. É maravilhoso ser gay. É uma delícia. É uma opção a mais" - Daniela Mercury, sobre a ideia de "cura gay".
"Eu não sou mulher de armário. Sou mulher de falar tudo", acrescenta. É com esse espírito que a cantora deve participar da 17ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, mais conhecida como Parada Gay, que acontece na capital paulista no próximo domingo (2). Coincidência ou não, o tema da parada deste ano é "Para o armário, nunca mais!".
Em entrevista concedida no Dia Internacional de Combate à Homofobia (17 de maio), Daniela Mercury falou sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo, cura gay e homofobia. A cantora também afirmou que acredita que um mal estar com a própria sexualidade é o que provoca o preconceito, e defendeu a prisão para os homofóbicos.
No início de maio, a cantora foi homenageada pela APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo) no 13º Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, na categoria Ação Cultural.
Acompanhada da mulher, Daniela criticou a postura do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), pastor evangélico e atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, defensor de ideias como a "cura gay".
Como crítica àqueles que agem contra os direitos conquistados pelos homossexuais, o último trio elétrico a desfilar na Parada Gay vai ter protestos contra Feliciano, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o pastor evangélico Silas Malafaia, também conhecidos por declarações homofóbicas.