Por suspeita de envolvimento na morte de um homem, a polícia prendeu nesta quinta-feira (7) Clayton da Silva Gonçalves, ex-motorista do goleiro Bruno Fernandes que chegou a ser detido na época do desaparecimento de Eliza Samudio. Segundo o advogado Lourivaldo Carneiro, que defende Gonçalves, o cliente não aparece nas imagens que registraram o crime ocorrido na sexta-feira (2). "Não houve participação dele, as características físicas não batem", disse o advogado.
Segundo a Polícia Civil, o detido é suspeito de matar Elvis Silva Camargo e vai ser apresentado nesta quinta-feira (7). O crime aconteceu em uma churrascaria dentro de um posto de gasolina, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O advogado afirma que Gonçalves está sendo prejudicado provavelmente por uma pessoa com quem manteve relacionamento recente. Segundo a defesa, uma denúncia infundada diz que Gonçalves teria ameaçado uma testemunha do crime que aconteceu na churrascaria. Ele foi preso em casa no cumprimento de um mandado de prisão temporária de 30 dias. O advogado afirma que o pedido de revogação vai ser feito imediatamente.
À epoca do desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, Gonçalves chegou a ser preso e não foi denunciado pelo crime de assassinato da ex-namorada do goleiro Bruno. Ele dirigia um carro Land Rover, que pertencia ao jogador, e foi apreendido no dia 8 de junho de 2010 em um blitz de trânsito. Ao iniciar as investigações sobre o desaparecimento de Eliza, a polícia encontrou no carro manchas de sangue da ex-namorada do goleiro. Segundo o advogado, polícia e Ministério Público não encontraram provas da participação de Gonçalves no caso e, por isso, ele foi solto.
Caso Eliza Samudio
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza Samudio deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sido morta no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A Polícia Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desaparecimento e morte da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.
Em dezembro de 2010, a mulher de Bruno, Dayanne; a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro; o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva; e Wemerson Marques, o Coxinha, foram soltos e respondem em liberdade.
O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.