Ana Paula Minerato e a cantora Ananda |
Reprodução / Instagram
A cantora Ananda, integrante do grupo Melanina Carioca, manifestou-se pela primeira vez sobre a acusação de racismo envolvendo Ana Paula Minerato. Após registrar um boletim de ocorrência, Ananda divulgou um vídeo em sua conta no Instagram, onde compartilhou suas reflexões. "Falar sobre isso foi extremamente desafiador, mas necessário para promover consciência racial", declarou. Ela também informou que, caso seja determinada uma indenização, o valor será destinado a iniciativas de educação antirracista.
afetou todos
O caso, que Ananda descreveu como "doloroso e lamentável", afetou tanto a artista quanto seus familiares. "Essas expressões racistas não impactaram apenas a mim, mas toda uma coletividade. Minerato mexeu com algo muito mais amplo", afirmou. O incidente gerou apoio público à cantora e trouxe discussões sobre a necessidade de enfrentar o racismo estrutural em diversos contextos.
ACUSAÇÕES DE OPORTUNISMO
Ananda rebateu críticas de que estaria "tirando proveito da situação". Ela enfatizou a seriedade do ocorrido e apontou a importância de manter o foco no problema. "Parem de dizer que estou usando essa pauta. A questão vai além de mim. O racismo é um crime e deve ser tratado com responsabilidade", disse. A cantora também destacou que, embora um pedido de desculpas seja válido, isso não substitui a responsabilização legal em casos de discriminação.
DEBATE SOBRE IDENTIDADE RACIAL
O episódio levantou questionamentos sobre a identidade racial de Ananda, que possui pele clara e traços associados a ascendência africana. "Já ouvi que sou clara demais para ser negra e escura demais para ser branca. Essa confusão existe, mas o racismo não depende da tonalidade da pele para ser vivenciado", explicou. Ela reconheceu a complexidade do tema e sugeriu que especialistas contribuam para aprofundar a discussão.
Ao concluir sua declaração, a artista reafirmou seu comprometimento com a luta contra o racismo. "Não podemos permitir que atitudes racistas sejam ignoradas. É preciso educar, conscientizar e agir", finalizou.