Jane Di Castro morreu aos 73 anos na manhã desta sexta-feira (23), no Rio de Janeiro. Segundo a coluna de Ancelmo Gois, a atriz veio a óbito devido a complicações de um câncer. No ar no horário nobre da Globo, na reprise de A Força do Querer, ela estava internada no Hospital de Ipanema, Zona Sul do Rio. As informação da revista Quem.
Por conta da pandemia do coronavírus, Quem soube que a artista não terá um velório tradicional, com homenagens. O corpo será cremado, sem a presença de familiares e amigos.
Discreta em relação a sua vida pessoal, Jane era casada com Otávio Bonfim, com quem selou a união depois de 47 anos vivendo juntos, em 2014, num casamento coletivo que reuniu 160 casais gays. A artista ficou viúva em 2018. Otávio também morreu de câncer.
Nome importante na causa LGBTQI+, Jane lutou muito para ser aceita e respeitada. Nascida no bairro de Oswaldo Cruz, ela era filha de mãe evangélica e pai militar. A educação conservadora não impediu que a atriz seguisse seu caminho na arte. Ela se apresentou em casas do bairro e em 1966 estreou no Teatro Dulcina.
No espetáculo Gay Fantasy, no qual também atuaram Rogéria, Marlene Casanova e Ney Latorraca, Jane teve a oportunidade de ser diriga por Bibi Ferreira. O espetáculo fez uma turnê de sucesso no Brasil e no exterior, incluindo uma performance no tradicional Lincoln Center, em Nova York, nos Estados Unidos.
No Teatro Rival, fez, de 2004 a 2014, o musical de sucesso Divinas Divas, ao lado de Rogéria, Divina Valéria, Camille K, Eloína dos Leopardos, Marquesa, Brigitte de Búzios e Fujika de Halliday. O trabalho virou um filme documentário dirigido por Leandra Leal posteriormente.