Quando se despediu do Jornal Nacional, em 31 de outubro, Patrícia Poeta afirmou que na semana seguinte começaria a trabalhar no projeto de um programa de variedades que irá comandar na Globo em 2015. Passados quase 20 dias, nenhuma movimentação ocorreu em torno do novo programa e nenhum profissional da emissora foi deslocado para trabalhar na criação ao lado de Patrícia, diferentemente do que aconteceu com Fátima Bernardes em 2011.
Segundo uma alta fonte na Globo, Patrícia Poeta vai passar uma temporada na "geladeira" da emissora. Seu novo programa, se sair do papel, só estreará na metade do segundo semestre do ano que vem. Não há nada programado para a jornalista na nova programação que estreia em abril. Ela deve receber um "castigo" porque, ao pedir para deixar o JN, justificou que o telejornal limitava seu crescimento, o que foi visto como uma ingratidão e afronta.
Patrícia solicitou desligamento do Jornal Nacional pouco antes da Copa do Mundo, cansada do desgaste com William Bonner, que nunca a tolerou. Na época, a cúpula da Globo pediu para ela pensar melhor e continuar na mais importante bancada do país. Imaginava-se que as ancoragens do Mundial a fariam esquecer os problemas, mas um comentário de Bonner durante a Copa detonou nova crise.
Com o desempenho sofrível nas rodadas de entrevistas com presidenciáveis, em agosto, Patrícia Poeta selou sua saída do JN. O pedido de desligamento feito antes da Copa virou um álibi para a cúpula agir.
Patrícia foi substituída por Renata Vasconcellos, que ficou pouco mais de um ano no Fantástico. Na despedida do JN, ela foi irônica com Bonner, referindo-se a ele como "editor-chefe" em duas ocasiões.