O ator Maurício Machado, que interpreta o deputado federal Arlindo Nacib em “A Lei do Amor”, revelou, em entrevista ao jornal Extra, que no início da carreira, ouvia do pai que ser ator era “coisa de viado”, e recebia alguns convites nada nobres.
“Mulheres e homens já tentaram me comprar, tive oportunidade de fazer o teste do sofá, mas nunca cogitei a possibilidade de me aproveitar de qualquer pessoa para conseguir trabalho, dinheiro, bens materiais… Me orgulho de ter ido para São Paulo aos 15 anos, realizado o meu sonho e de ainda ver o meu pai virar meu fã. Ele era muito católico, sonhava que eu fosse diplomata ou tocasse a padaria, não era exatamente preconceituoso — recorda o proprietário do teatro J. Safra, em São Paulo, onde mora atualmente”, disse.
Ex-coroinha, já distante das missas, Maurício se diz um homem sozinho (a mãe também morreu), que caminhou com as próprias pernas: “Tenho uma história solitária, sem apoio de ninguém, nem dos meus pais. Virei um empreendedor por necessidade, para sobreviver, porque não ia ficar de braços cruzados, esperando um convite. Venci, tenho 40 funcionários, estou tocando sete projetos, mas a minha luta para pagar as contas é diária”.