Ricardo Boechat perdeu a paciência nesta sexta-feira (8) na Band News FM. Durante a transmissão das últimas informações sobre o incêndio que atingiu o centro de treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, ele não disfarçou a irritação por um equívoco de sua equipe.
O jornalista anunciava que falaria ao vivo com um oficial do Corpo de Bombeiros quando foi interrompido. Nesse momento, Boechat reclamou: "Por que botaram [o papel com o nome do entrevistado] na minha mão então? Toma! Vou devolver esse papel e vocês quando puderem me acionar adequadamente me acionem".
Na sequência, com o microfone desligado, o apresentador começou a gritar e a gesticular demonstrando sua indignação no estúdio. O momento foi visto por quem acompanhava o programa pela internet. Nas redes sociais, o temperamento explosivo de Boechat chamou atenção.
Procurado, Boechat explicou que havia cobrado de sua equipe que encontrasse alguém do Corpo de Bombeiros para entrar ao vivo na rádio no lugar do bombeiro que era entrevistado naquele momento e que, segundo ele, não estava passando informações que ele julgasse relevantes.
"Nisso veio um papel com um nome de um tenente coronel e escrito 'está no local'. Eu deduzi que era um outro tenente coronel que estava no local e eu ia dispensar aquele que não estava rendendo para ver se o outro rendia. E era o mesmo [que estava anotado no papel]!", afirmou. "Eu fiquei puto, mas já fiquei puto desse jeito umas 38 vezes e ficaria outras tantas. Dei esporro geral", completou.
Ricardo Boechat disse que seu nervosismo foi natural pela cobertura da tragédia em si e que as redações pelas quais já passou na carreira não eram ambientes tranquilos. "Era uma situação dramática e ao vivo. Se pisou na bola, o couro come mesmo. É o grau de tensão natural. Ouvir discussão dentro de redação, esporro de chefe... Quantos na vida eu tomei e quantos dei!".
Sobre a reação de internautas, que chegaram a acusá-lo de assédio moral, Boechat disse em tom de deboche: "Ah mas eu tô abaladíssimo com isso! Recomendo a essas pessoas que não me peçam emprego! Se as pessoas acham que não é normal, paciência. Elas que construam as suas próprias avaliações".
O jornalista, que não usa redes sociais, também disse não se importar com as discussões que tomam conta do mundo virtual: "Considerando que nem todos os seres bípedes dão essa importância às redes sociais, eu não faço a menor ideia do que rola lá e nem ligo muito".