O nome de registro do cantor Leonardo, Emival Eterno da Costa, foi incluído pelo Governo nesta segunda-feira (7), na ‘lista suja’ do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Em um documento divulgado, consta que o nome do sertanejo foi listado após uma fiscalização na Fazenda Talismã, em 2023. A propriedade está localizada em Jussara, Goiás.
ENTENDA OS DETALHES
A nova atualização da lista inclui 176 nomes de empregadores, entre eles o do sogro de Virginia Fonseca, que teriam submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão. Ainda de acordo com o documento, seis trabalhadores foram encontrados nessa situação na fazenda do cantor.
Cantor Leonardo é incluído pelo governo na 'lista suja' do trabalho escravo, Goiás — Foto: Reprodução/Governo Federal
CONDIÇÕES DOS FUNCIONÁRIOS
Segundo informações divulgadas pelo portal ‘UOL’, os funcionários viviam em uma casa abandonada, sem água potável, banheiro ou camas, dormindo em tábuas de madeira. O ambiente ainda era infestado por insetos e animais como ratos, morcegos, formigas e cupins, além de exalar um “odor forte e fétido”.
DEFESA DO CANTOR
A defesa do artista afirma que os fatos teriam ocorrido em uma área arrendada de uma fazenda vizinha à Talismã, que também é de propriedade de Leonardo, e que as vítimas teriam sido contratadas pelo arrendatário da terra. Além dos seis trabalhadores resgatados, outras 12 pessoas estariam trabalhando na propriedade de maneira informal, sem carteira assinada. Alguns deles trabalhavam de domingo a domingo, sem descanso, realizando trabalhos braçais, arrancando pedras, raízes e tocos de árvores, sem equipamento de proteção.