Caso Diddy: Ex-segurança diz que foi drogado e estuprado em carro pelo rapper

Rapper Sean Combs, o P. Diddy | Foto: AFP

Uma das testemunhas que acusa o empresário e rapper Sean Combs, conhecido como Diddy, de abuso sexual deu sua primeira declaração em entrevista transmitida pela emissora norte-americana CNN nesta quarta-feira (11). Durante a conversa, o homem, identificado como John Doe para preservar sua identidade, relatou os detalhes de como teria ocorrido a agressão enquanto exercia a função de segurança em uma das festas promovidas pelo empresário. Segundo ele, foi drogado e ficou em estado de “incapacidade”, sendo, em seguida, vítima de violência sexual.

como aconteceu?

O evento teria ocorrido em 2007, na propriedade que o magnata possuía em Hamptons, Nova York. Diddy teria se aproximado dele oferecendo bebidas alcoólicas. “No início, ele foi incrivelmente amigável, muito cortês”, declarou. Pouco depois, notou que as bebidas tinham uma potência maior do que o esperado.

Atualmente, o ex-segurança acredita que as substâncias consumidas estavam misturadas com ecstasy e GHB, droga frequentemente associada ao chemsex. “Ele estava observando de algum lugar e, quando eu estava em uma posição de vulnerabilidade e ele tinha certeza de que estava no controle, ele aproveitou a situação”, recordou. Após consumir o segundo drinque, relatou que já não conseguia mais “ficar de pé”. “Eu me senti impotente”, afirmou.

Sob o efeito das substâncias e do álcool, o homem relatou que foi levado até um veículo, onde teria sido violentado sexualmente. “Eu gritava, dizia para ele parar”, revelou. “Foi algo muito doloroso, e ele agia como se não fosse nada.” Segundo o relato compartilhado à CNN, uma figura conhecida, cujo nome não foi divulgado, teria presenciado a cena, mas não interferiu. A testemunha apenas achou “engraçado”.

O ex-segurança afirmou ainda que, após o ocorrido, comunicou o fato ao seu supervisor. “Ele apenas descartou o caso e disse: ‘Vou falar com Combs’”, teria sido a resposta recebida. Posteriormente, o segurança nunca mais foi chamado para trabalhar na empresa. “Depois disso, ele não falou mais comigo... Tive que procurar outra área para trabalhar”, finalizou.